“Precisamos de produzir daquilo que nos obrigaram a comprar lá fora. E é preciso a valorização do trabalho e dos trabalhadores”, disse Jerónimo de Sousa, antes de assistir a um espetáculo no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, no distrito de Setúbal.
Para o líder comunista, a pandemia de covid-19 veio expor as fragilidades do país no domínio da produção nacional e dos direitos dos trabalhadores, mas também evidenciou a importância dos serviços públicos e de quem trabalha nas diferentes áreas de atividade.
“Nesta fase, se há a lição e ensinamento, foi verificar essa centralidade: o país não parou devido aos trabalhadores”, disse Jerónimo de Sousa, reafirmando a ideia de que “o trabalho tem que ser mesmo valorizado” e que essa valorização “é uma das medidas que têm que estar colocadas no Orçamento do Estado para 2021″.
Quanto às infraestruturas e serviços públicos, Jerónimo de Sousa declarou que os problemas são conhecidos – e não só em relação ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) -, pelo que considerou ser “necessário criar condições” para se ter “melhores infraestruturas e melhores serviços públicos”.
Questionado pelos jornalistas, o líder do PCP não quis responder sobre a expectativa dos comunistas para os encontros dos partidos de esquerda com o Governo, que deverão ter início na quarta-feira, tendo em vista a preparação do próximo Orçamento do Estado, reafirmando apenas que o PCP vai apresentar as suas propostas.
”É com esta disposição, estas propostas, no essencial, que iremos para o debate com o Governo”, afirmou Jerónimo de Sousa, admitindo que, até ao momento, ainda não houve nenhum contacto do PCP com o novo ministro das Finanças.
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