Se aos pedidos de asilo recebidos em 2023 (329.120) forem somadas as solicitações posteriores feitas a Berlim, o total é de 351.915, segundo os dados revelados.
Após a publicação dos números, a ministra do Interior, Nancy Faeser (do partido SPD), declarou que os dados demonstram a necessidade de “continuar sistematicamente” a abordagem de “limitar a imigração irregular” e afirmou que o governo “trouxe uma nova clareza à política de migração”.
No outono, o governo alemão reforçou os controlos fronteiriços e anunciou várias medidas destinadas a que o país seja menos apelativo e em dezembro as candidaturas diminuíram cerca de 35% face ao mês anterior, uma possível consequência das políticas adotadas, segundo a AFP.
Destino preferido designadamente de migrantes da Síria, da Turquia e do Afeganistão, a Alemanha decidiu introduzir controlos fronteiriços com a Polónia, a República Checa e a Suíça.
Anteriormente, e desde a crise migratória de 2015/16, os controlos eram feitos apenas na fronteira com a Áustria.
O aumento das chegadas ilegais nos últimos meses provocou um aceso debate no país, cujas capacidades de acolhimento estão a esgotar-se.
Os municípios e as regiões alemãs, que também receberam um milhão de refugiados ucranianos desde fevereiro de 2022, dizem que estão no limite das suas capacidades de alojamento e de cuidados.
A situação beneficia, assim, a extrema-direita, que vive uma onda de sucesso eleitoral.
“O número de pessoas que atualmente nos procuram é demasiado elevado”, afirmou o chanceler Olaf Scholz, na apresentação de medidas para acelerar expulsões de pessoas cujo pedido de asilo foi rejeitado.
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