“Fernando Medina é um dos melhores quadros políticos do país. Era só o que faltava que agora o futuro de um político terminasse com uma derrota. As derrotas fazem parte da democracia e nós temos de saber conviver com elas, aprender com elas, tirar lições delas, tentar perceber o que é que correu bem ou mal”, disse.
“Agora ditar o fim do percurso político do Fernando Medina por causa do resultado em Lisboa acho que é uma forma errada de olharmos para a democracia, de vivermos em democracia e de respeitar a democracia”, acrescentou Pedro Nuno Santos.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação sublinhou que não ignora a importância da Câmara Municipal de Lisboa, mas lembrou que o PS ganhou mais de 150 câmaras municipais em todo o país nas eleições autárquicas do último domingo, pelo que considera tratar-se de uma vitória do PS, e não de uma derrota só por ter perdido a capital do país. E lamentou que Lisboa tivesse perdido um presidente “com visão de futuro”.
“Verdadeiramente acho que nós tínhamos um bom presidente de câmara, que tinha uma visão de futuro para a cidade de Lisboa, estava a proceder a um desenvolvimento muito importante da cidade, tinha conseguido resultados muito importantes em matéria de mobilidade, que agora estão em risco. E estava a fazer um grande trabalho em matéria de habitação acessível. Acho que perdemos um grande presidente de câmara. E olho com alguma preocupação para o futuro de Lisboa”, disse.
Sobre o presidente eleito da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), o ministro manifestou preocupação com eventuais estratégias que possa vir a desenvolver na área da habitação e da mobilidade.
“Vamos ter um presidente de câmara que acha que o futuro da cidade de Lisboa são os automóveis. E que acha que a forma de resolver o problema é criar parques de estacionamento à volta da cidade de Lisboa. Preocupa-me que o futuro presidente da Câmara de Lisboa possa interromper todo o ciclo de investimento em habitação acessível que estava a ser feito e volte a acreditar que é o mercado que vai resolver os problemas de habitação dos lisboetas. Estou muito preocupado. O meu filho vive em Lisboa. E eu também vivo em Lisboa”, disse Pedro Nuno Santos.
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