"A esta hora o incêndio está dominado. Ainda assim, todo o efetivo que está mobilizado, está no terreno e a realizar trabalhos de consolidação", confirmou Luís Belo Costa, Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Centro Sul (CADIS).
Falando na conferência de imprensa realizada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil para fazer um ponto de situação do incêndio rural em Oleiros, o responsável indicou que os bombeiros conseguiram controlar o fogo às 8:00 horas de hoje e que "neste momento não há aldeias em risco" pois "não há nenhuma frente viva".
A melhoria das condições meteorológicas durante a noite de 26 para 27 de julho propiciaram o combate ao incêndio, já que houve mais humidade e temperaturas mais baixas.
No entanto, o incêndio "está ainda num período onde ainda carece de muita atenção, sobretudo nas zonas onde ficou dominado mais tarde", dizendo Luís Belo Costa que "é natural que haja algumas reativações nas próximas horas". O comandante da Proteção Civil referiu-se especificamente à frente nascente, virada para o concelho de Proença a Nova, e para a frente sul, direcionada para Castelo Branco.
"É importante referir que há muito trabalho pela frente, este perímetro é extraordinariamente grande e numa área extraordinariamente complexa do ponto de vista da orografia e do coberto vegetal que aqui se apresenta", alertou o responsável.
Luís Belo Costa disse ainda que se mantém o efetivo de 868 operacionais, estando também mobilizados 274 veículos e dois meios aéreos a esta hora, sendo que apenas um combate as chamas, sendo o outro um avião de monitorização e coordenação para detetar pontos quentes e verificar o perímetro.
Foi ainda aumentado o número de máquinas de rastos a operar, de 9 para 11.
O comandante diz que se segue agora uma "fase de levantamento" dos danos deste fogo rural, adiantando que a área ardida poderá rondar os "seis mil hectares".
Já o vice-presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Victor Antunes, disse não haver registo de habitações afetadas. Apesar de admitir que "poderá eventualmente haver alguns anexos agrícolas e casas" atingidas "dada a sua dispersão", o governante disse que "nível habitacional não há registo".
Victor Antunes disse ainda que durante a noite foram retiradas três pessoas das suas casas na aldeia do Pedintal, pertencente à freguesia de Isna, numa operação levada pelos serviços de ação social da CM de Oleiros. Um casal foi retirado "um pouco contra a sua vontade" para um local designado pela autarquia, mas, dada a melhoria das condições meteorológicas durante a noite, pôde regressar à sua casa antes de amanhecer. Já uma senhora "por sua opção, acabou por ir ainda na mesma freguesia para casa de uns familiares".
No domingo, ao início da noite, três aldeias do concelho de Oleiros estiveram em "risco efetivo" por causa deste fogo que se estendeu aos concelhos de Proença-a-Nova e Sertã.
Até ao momento, em termos de danos pessoais, estão registados uma vítima mortal e sete feridos, cinco deles ligeiros e dois graves.
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