“Pinhel tem um sistema muito complexo de aquedutos subterrâneos, localizados em diversas partes da cidade. Aqueles que nós, neste momento, disponibilizamos e utilizamos para visitas com maior frequência, são localizados junto ao largo dos Combatentes, que é junto à Casa da Cultura”, disse hoje à agência Lusa Daniela Capelo, vice-presidente da Câmara Municipal de Pinhel.
Segundo a autarca, os aquedutos localizados no largo dos Combatentes são visitáveis ao longo de todo o ano, porque “oferecem condições de segurança, são limpos com regularidade” e “estão iluminados com luz artificial”.
“E, portanto, podem, com a marcação da visita a ser efetuada com a antecedência de um ou dois dias, porque necessitam sempre de ser arejados, ser visitados com toda a facilidade. E é isso que nós pretendemos fazer, é abrir os aquedutos subterrâneos ao público, porque há imensa curiosidade”, justificou.
Daniela Capelo refere que é necessário fazer a marcação prévia porque o município permite a visitação aos aquedutos mas, “salvaguardando sempre as condições de segurança das pessoas” e também pelo facto de os túneis terem de ser arejados previamente.
“No aqueduto do largo dos Combatentes é proporcionada uma visita extraordinária, porque é acessível a todas as pessoas, não é preciso ter grande espírito aventureiro, é mesmo só querer conhecer” Pinhel subterrâneo, disse.
As visitas são gratuitas, dado que a autarquia disponibiliza que os seus equipamentos culturais e turísticos - que são visitáveis de terça-feira a domingo - sejam de acesso livre, indicou a vice-presidente.
Segundo Daniela Capelo, algumas lendas estão associadas aos aquedutos locais, mas a autarca esclarece à Lusa que os mesmos “não proporcionavam encontros amorosos e clandestinos”, mas antes supriam “a necessidade de encaminhamento das águas das nascentes até à mãe de água” para depois derivar para a cidade.
Contou tratar-se de um “sistema complexo” e “tão perfeito” que ainda funciona nos dias de hoje.
A cidade de Pinhel tem mais de 500 metros de aquedutos subterrâneos, que costumam ser visitados e divulgados no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.
“São estruturas que, pelos dados que temos, estão relacionadas com o edifício do antigo Paço Episcopal (finais do século XVIII e inícios do século XIX) e tinham como finalidade levar a água a determinados pontos do edifício e seu logradouro/jardim, a partir de diferentes nascentes”, adianta o município de Pinhel.
Estão identificados três aquedutos subterrâneos distintos: o da Parada Coronel Lima da Veiga (em frente à Casa da Cultura), o da rua 1.º de Maio e o da cerca do antigo Paço Episcopal.
“No que se refere à metodologia de construção, podemos dizer que todos eles têm muito de comum. Apresentam uma cobertura com grandes lajes de granito assentes em paredes laterais, construídas por pequenas pedras empilhadas ou escavadas diretamente na rocha e uma caleira, revestida com materiais impermeabilizantes, que conduzia a água aos locais necessários”, segundo a autarquia.
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