A Polícia Judiciária informou em comunicado que "procedeu à identificação e detenção fora de flagrante delito de três homens, portugueses, com 24, 22 e 21 anos de idade, por existirem fortes indícios da prática de crimes de homicídio qualificado e ofensa à integridade física qualificada, que vitimaram cinco agentes da Polícia de Segurança Pública, um dos quais, infelizmente, acabou por falecer, como consequência das agressões sofridas".
De acordo com as autoridades, "as diligências entretanto efetuadas permitiram reunir fortes indícios da autoria dos crimes praticados e sustentaram a emissão, pela Autoridade Judiciária competente, de mandados de detenção, fora de flagrante delito".
Neste sentido, "foram realizadas buscas domiciliárias e não domiciliárias aos três arguidos, incidindo sobre as suas residências, viaturas e unidade militar".
Segundo a PJ, "os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa" e "a investigação prossegue com vista à eventual identificação de outros envolvidos e ao cabal esclarecimento dos factos".
A Polícia Judiciária esteve hoje na Escola de Fuzileiros Navais para deter os militares suspeitos do homicídio de um agente da PSP e agressões a outros quatro.
Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que agentes da PJ se encontravam em Vale do Zebro, sede da Escola de Fuzileiros Navais, a efetuar diligências com vista à detenção dos militares que se encontravam retidos nas instalações da marinha desde sábado.
O agente Fábio Guerra, de 27 anos, morreu hoje, no Hospital de São José, devido às “graves lesões cerebrais” sofridas na sequência das agressões de que foi alvo.
No sábado a PSP informava que o incidente ocorreu na madrugada desse dia, pelas 06:30, "no exterior de um estabelecimento de diversão noturna, na Avenida 24 de Julho", tendo começado com agressões mútuas entre vários cidadãos.
Segundo relatou a PSP, no local encontravam-se “quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, acabando por ser agredidos violentamente por um dos grupos, formado por cerca de 10 pessoas. Os outros três agentes agredidos tiveram alta hospitalar este domingo.
A Marinha divulgou também no sábado que "dois militares, do regime de contrato, da classe de Fuzileiros, envolveram-se nos confrontos, na via pública, junto de um espaço noturno, “tendo posteriormente informado as respetivas chefias" do sucedido.
A notícia da ação da PJ foi avançada pela CNN Portugal.
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