José Ornelas chega agora ao fim do primeiro mandato de três anos, podendo ser reconduzido por igual período. Nas últimas semanas, porém, têm surgido notícias que dão conta da sua alegada indisponibilidade para continuar no cargo.
O desgaste provocado por três anos de mandato marcados pela pandemia de covid-19 e pela situação dos abusos sexuais de menores na Igreja estará na base de uma eventual não recandidatura de José Ornelas.
Em destaque nos trabalhos desta reunião plenária do episcopado católico português vai estar, também, a constituição do organismo que substituirá a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa, e que será coordenado pela psicóloga forense Rute Agulhas, que integra a Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis do Patriarcado de Lisboa.
Em 3 de março, os bispos portugueses, após uma reunião destinada a analisar o relatório da Comissão Independentes, anunciaram a disponibilidade para criar “um grupo específico” para ouvir as vítimas de abusos, que será articulado com a Equipa de Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, liderada pelo antigo procurador-geral da República José Souto Moura.
Entretanto, na próxima quinta-feira, último dia da Assembleia Plenária da CEP, os bispos celebram a eucaristia pelas 11:00, na Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima, no contexto da jornada nacional de oração pelas vítimas de “abusos sexuais, de poder e de consciência na Igreja”.
A preparação da Jornada Mundial da Juventude, agendada para o início de agosto em Lisboa, com a presença do Papa, bem como o processo sinodal ou o centenário do Corpo Nacional de Escutas estarão, também, entre os temas a debater pelos bispos esta semana.
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