De recordar que a polémica com os helicópteros de emergência para transporte de doentes e a divergência de posições quanto aos passos a dar nesta matéria levou à demissão do presidente do INEM, Luís Meira, no passado dia 1 de julho.
Segundo o Jornal de Notícias, em causa está a assinatura de um segundo ajuste direto para manter os helicópteros de emergência médica, já depois de o Tribunal de Contas ter avisado que não ia deixar passar um contrato nos mesmos termos.
Apesar disso, Luís Meira disse ao JN, quando ainda estava em exercício, que era "impensável" deixar o país sem socorro aéreo. "A senhora ministra fala em lideranças fortes, mas não foi isso que vimos neste caso. A alternativa era ficarmos sem helicópteros, o que era impensável, por isso tomámos esta decisão".
Esta quarta-feira acontece a audição do ex-presidente do INEM sobre o procedimento para a aquisição de helicópteros de emergência médica. Luís Meira diz estar disponível para mostrar os documentos que permitem provar os "insistentes" pedidos de solução ao Governo — e que ficaram sem resposta.
O INEM poderá recorrer da decisão caso o Tribunal de Contas chumbe o segundo ajuste direto. Após ser chumbado, "o contrato não pode produzir os seus efeitos", ou seja, os helicópteros de emergência médica têm de parar a operação.
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