“Em termos internacionais, nós somos apontados sempre como um muito bom exemplo por este trabalho que é feito na EDM, da requalificação ambiental. Como é evidente queremos sempre melhor, mas significa que este trabalho está a correr bem”, disse hoje Jorge Seguro Sanches à agência Lusa.
O secretário de Estado da Energia falava em Fornos de Algodres, distrito da Guarda, após a cerimónia que assinalou a conclusão das obras de remediação ambiental das áreas mineiras Castelejo, Formiga, Vale de Videiras (concelho de Gouveia), Vales (Fornos de Algodres) e Póvoa de Cervães (Mangualde), onde foram investidos 3,7 milhões de euros.
“Gostávamos que [a intervenção nas antigas áreas de exploração mineira] fosse mais rápido, é evidente, temos de olhar para os meios que temos, para as limitações que temos, mas o objetivo é o sermos o mais rápido possível assim haja meios, haja os meios financeiros da União Europeia que nós temos estado a movimentá-los, destinados precisamente a este objetivo”, justificou.
No entanto, Jorge Seguro Sanches apontou que a forma como o país está a proceder “é um bom exemplo” em termos internacionais.
“Eu estive há quinze dias num encontro de ministros da área das minas de todo o mundo e o exemplo português, protagonizado pela EDM, é um bom exemplo. É um exemplo que é dos melhores. Portanto, vamos continuar a trabalhar nesse âmbito”, garantiu à Lusa.
Segundo o secretário de Estado da Energia, a EDM tem vindo a ser procurada por outros países “para saber o que é que se pode saber e se pode melhorar” o que significa que Portugal está “bem” porque já é usado “como um caso internacional”.
Neste momento, a nível nacional, estão a ser realizados trabalhos “com grande empenho” em sete antigas minas, com um investimento de 26 milhões de euros, e em breve será lançado o concurso para a recuperação da área mineira de Quinta do Bispo (Mangualde).
Rui Rodrigues, presidente da EDM, adiantou que a nível nacional “faltam cerca de 100 intervenções, algumas mais pequenas, que serão mais só de segurança do que propriamente de reabilitação”, que representam um investimento de cerca de 60 milhões de euros.
No país estão identificadas 199 antigas áreas mineiras e já foram feitas recuperações em 105, tendo sido investidos 80 milhões de euros, desde 2001 até ao presente, disse.
As obras de remediação ambiental das áreas mineiras de Castelejo, Formiga, Vale de Videiras, Vales e Póvoa de Cervães, nos distritos de Guarda e Viseu, incluíram trabalhos de descontaminação e saneamento de solos e escombreiras e recuperação paisagística, entre outros.
O autarca de Fornos de Algodres, Manuel Fonseca, disse que “foi importante” a recuperação da antiga mina de Vales, porque permite que uma “área que estava ao abandono” possa ter outro tipo de utilização.
Luís Tadeu, presidente da autarquia de Gouveia, onde foram recuperadas três antigas minas (Castelejo, Formiga e Vale de Videiras), admite que no futuro os espaços possam ser utilizados “para efeitos de lazer ou culturais”.
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