De acordo com o relatório sobre comércio internacional entre UE e Brasil hoje publicado pelo gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, o Brasil foi no ano passado o 12.º parceiro dos 28 a nível de importações (representando 2% do total das importações para a União Europeia de países terceiros) e o 17º destino das exportações dos Estados-membros (equivalente igualmente a 2% do total das exportações dos 28).
Entre os Estados-membros da UE, a Holanda foi, em termos absolutos, o principal importador de bens do Brasil (6 mil milhões de euros) e a Alemanha o principal exportador (8 mil milhões de euros), mas, em termos relativos, Portugal foi de forma destacada quer o maior importador quer o maior exportador.
O Eurostat aponta que a quota do Brasil no total de importações de bens para a UE ficou abaixo dos 2,5% em todos os Estados-membros com exceção de três: Portugal, com 7,4%, claramente diante de Espanha, com 3,1% e da Eslovénia, com 3%.
A nível de exportações o cenário é semelhante, já que a quota do Brasil no total de exportações para fora da UE também só superou os 2,5% em três Estados-membros: Portugal, com 6,6%, claramente à frente de Bélgica, com 3,3% e Espanha, com 2,6%.
Em termos absolutos, Portugal registou em 2017 um défice da balança comercial com o Brasil de 275 milhões de euros, já que as importações atingiram os 1.219 milhões de euros e as exportações quedaram-se pelos 944 milhões de euros.
A nível global, a UE registou todavia em 2017 um excedente comercial com o Brasil de mil milhões de euros, confirmando uma tendência que se vem a verificar desde 2012 (entre 2008 e 2011 a UE registava um défice na balança comercial com o Brasil, que em 2008 chegou a atingir os 10 mil milhões de euros, recorda o Eurostat).
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