O primeiro-ministro português, António Costa, formalizou hoje o apoio de Portugal à recandidatura de António Guterres ao cargo. Na visão do líder do executivo, este último encheu o "país de orgulho", durante o primeiro mandato, com "a sua carta, os seus valores".

"É com muita honra que hoje pude subscrever, em nome de Portugal, a candidatura do Eng. António Guterres a um novo mandato enquanto secretário-geral das Nações Unidas. Estamos certos que sob a sua liderança as Nações Unidas verão sair reforçado o seu papel no combate às alterações climáticas, na proteção dos oceanos, na promoção da paz, na garantia de proteção da paz internacional a todos aqueles que carecem de proteção internacional, vítimas da perseguição por falta de liberdade, por conflitos armados e que procuram refúgio", afirmou António Costa aos jornalistas numa breve declaração em conferência de imprensa.

O líder do governo português salientou que Guterres "devolveu força a valores que o humanismo inspirou na carta das Nações Unidas", sendo que "foram cinco anos particularmente difíceis onde no mundo se travou um grande debate entre o regresso ao nacionalismo, ao isolamento e à defesa do multilateralismo". Contudo, António Costa reforça que a liderança firme de António Guterres permitiu que "passados estes cinco anos haja um novo espírito e uma nova vontade de reforçar as instâncias multilaterais".

O mandato de cinco anos de Guterres, que assumiu o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em janeiro de 2017, termina no final deste ano, a 31 de dezembro.

Aclamado pelos 193 Estados-membros da Assembleia-Geral da ONU para o cargo de secretário-geral em 13 de outubro de 2016, António Guterres anunciou, em janeiro último, a sua disponibilidade para cumprir um segundo mandato de cinco anos no período de 2022-2026.

As Nações Unidas deram início este mês ao processo formal de seleção do próximo secretário-geral da organização, ao pedirem aos 193 Estados-membros que submetessem os nomes de candidatos ao cargo.