Em conferência de imprensa, realizada na sede do ISN, em Caxias, concelho de Oeiras, José Gouveia disse que, durante a época balnear – arranca legalmente a 01 de maio e vai até 15 de outubro –, no litoral do continente serão 387 as praias com qualidade para banhos, 129 no interior do país (praias fluviais), 70 e 54 nas ilhas dos Açores e da Madeira, respetivamente.
Em 2017 houve 470 praias vigiadas e 226 não vigiadas, mas para este ano o diretor do ISN explicou que, neste momento, ainda não é possível fazer uma estimativa, sublinhando que essa é uma responsabilidade das autarquias e dos concessionários das praias, a quem compete a contratação dos nadadores salvadores.
“O nosso papel é de entidade reguladora, de certificar, quer as escolas, quer depois fazer os exames aos nadadores salvadores que as escolas nos apresentam para certificar. Não podemos fazer mais. Do ponto de vista da entidade reguladora [estamos] empenhadíssimos em que haja cada vez mais nadadores salvadores”, afirmou o diretor do ISN.
José Gouveia esclarece que o ISN nada tem a ver com a contratação destes profissionais, mas deixa um alerta, com base na experiência de anos anteriores.
“É que existem nadadores salvadores que tiram o curso e depois não vão exercer a atividade, daí a necessidade de termos o maior número possível de nadadores salvadores certificados para termos a garantia de que eles existem para ir para as praias. (…) Compete-nos é que estejam bem formados e que a sua formação cumpra os requisitos da lei e que estejamos seguros de que os que estiverem na praia saibam aquilo que estão a fazer”, salienta.
Este ano realizaram-se 23 cursos de nadadores salvadores, num total de 352 destes profissionais, e houve 152 requalificações, perfazendo 504 novos nadadores salvadores.
Ao todo existem 5.360 nadadores salvadores certificados.
Apesar destes números, o diretor do ISN reconhece que ainda existem situações de praias não vigiadas.
“Infelizmente acontece isso nalguns locais. Há sempre ali um período no início da época balnear em que algumas praias não terão assistência a banhistas. Idealmente todas deverão ter. Os concessionários não abrem sem ter. [Mas] Estas praias, não tendo concessionários, que não constam da portaria, não têm esse compromisso dos municípios, não têm de ter assistência a banhistas. Há muitas praias que têm sinalética adequada como praia não vigiada”, refere José Gouveia.
Este oficial revelou que vai ser hoje enviada uma carta “a todos os presidentes das câmaras municipais, sensibilizando-os” para as necessidades de cumprirem a regulamentação nas piscinas de uso público, à semelhança do que acontecerá com os hotéis.
“Aos hotéis vamos também fazer visitas pontuais, especialmente numa ação didática, mas, mais uma vez, alertando para esses perigos do não cumprimento das regras em relação à segurança nas piscinas. É uma das áreas que nos preocupa e nas quais cada vez mais vamos tendo necessidade de intervir. Nós, como entidade técnica, mas associando-se a todas a outras entidades que têm também responsabilidade como as câmaras e as unidades hoteleiras”, frisou o diretor do Instituto de Socorros a Náufragos.
No período de pré-época balnear – entre 23 de março e 09 de abril – estiveram empenhados 24 militares da Marinha com curso de nadadores salvadores, oito motos e seis viaturas.
A partir de segunda-feira e até ao fim da época balnear – 15 de outubro – estarão no terreno 40 militares da Marinha, 11 motos, três motos de salvamento marítimo e 26 viaturas.
O dispositivo fixo será composto por 27 estações salva-vidas, 93 tripulantes de embarcações salva-vidas, 44 embarcações salva-vidas, 19 motas de salvamento marítimo e 14 botes para zonas abrigadas. Meios que estarão distribuídos pelo país todo, em função das necessidades.
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