De 58 anos, o camionista português, que acusou uma taxa de alcoolemia no sangue acima do limite fixado pela lei espanhola, detetada quando foi socorrido no local do acidente, "não corre perigo de vida" e apresenta lesões na coluna vertebral, de acordo com a mesma fonte, do Hospital Universitário de Burgos.

O camionista, que foi transportado em estado grave para aquele hospital, está indiciado pelo Tribunal de Instrução 2 de Burgos de "homicídio involuntário e de um delito contra a segurança rodoviária", mas, de acordo com fonte judicial consultada hoje pela Lusa, o processo "não avançou muito".

"Depois de recebido o relatório da Equipa de Investigação do Subsetor de Tráfico da Guarda Civil, o processo está pendente do resultado de provas periciais e da recolha de declaração do condutor [do trator e reboque], que não foi ainda recolhida porque continua no hospital", referiu a mesma fonte.

As provas periciais incluem as "mostras de sangue do camionista", recolhidas no local do acidente, "remetidas ao Instituto Nacional de Toxicologia de Madrid, para determinar se houve consumo de álcool e/ou drogas".

O camionista perdeu o controlo do veículo pesado que conduzia na N-I, em 09 de agosto, cerca das 15:15 horas locais (menos uma hora em Lisboa).

O trator e o reboque invadiram a faixa oposta e embateram em dois carros e uma mota, provocando dois mortos numa da viaturas ligeiras, um homem de 26 anos e uma mulher de 22, provenientes de Pontevedra, na Galiza.

Os três feridos, ocupantes do segundo carro e da mota, pertencem ao sexo masculino e têm idades compreendidas entre os 18 e os 58 anos.

Socorrido no local, o camionista foi submetido a teste de alcoolemia, acusando 0,30 miligramas de álcool.