“Neste momento a euroAtlantic está a voar, ela é parte acionista da STP Airways, esta situação vai continuar, pelo menos até o mês de outubro”, disse aos jornalistas o ministro das Obras Públicas, Infraestruturas e Recursos Naturais são-tomense, Osvaldo Abreu.
Em declarações hoje aos jornalistas, o governante sublinha que o acordo entre a euroAtlantic e o Estado são-tomense vai até outubro, altura em que a rota será assumida por “outros parceiros”, que não especificou.
“Nós estamos a conversar para podermos viabilizar outras formas, outras normas, outras rotas e parcerias para dar mais asas à STP Airways e modernizar um pouco tudo o que é equipamentos, ‘handling’ e outros serviços aéreos que nós achamos que, pela pujança que o nosso país ganhou, precisamos de acompanhar e não sermos sempre surpreendidos e estarmos atrás dos acontecimentos”, acrescentou.
O ministro das Obras Públicas, Infraestruturas e Recursos Naturais garantiu que “não há incumprimento do acordo assinado”, mas referiu que o Governo são-tomense recusou aceitar a extensão de um pedido da companhia portuguesa como sendo o motivo essencial para a rotura da parceria.
“Não existem incumprimentos, existem simplesmente mal-entendidos. Nós temos acordos, os acordos têm prazos”, disse o governante.
“Houve um pedido para a extensão de um determinado serviço pela euroAtlantic e o Governo de São Tomé e Príncipe achou que neste momento não havia condições para fazer a extensão deste serviço no âmbito do acordo e a empresa achou que sem a anuência desta solicitação ela não teria as condições para continuar a operar com a STP Airways”, explicou Osvaldo Abreu.
O Governo são-tomense disse que já tem alternativa à euroAtlantic Airways (EAA).
“Nós tínhamos que ter alternativa, somos Governo, somos responsáveis e nós não podemos de maneira alguma deixar os nossos clientes, o nosso país, sem possibilidades de voar com as nossas cores, com o nosso nome, com a nossa bandeira. A STP Airways vai continuar a voar”, garantiu.
A EAA é a maior accionista da STP AIRWAYS, detendo a gestão da companhia aérea de bandeira de São Tomé e Príncipe.
A Lusa tentou obter um comentário da operadora portuguesa, mas sem sucesso até ao momento.
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