Cerca das 16:00 (hora de Lisboa), o preço do barril de petróleo do Texas WTI para entrega em janeiro recuava 11,30% para 69,53 dólares.
O barril de Brent do mar do Norte (de referência da Europa) descia 10,23% para 73,81 dólares.
Estas descidas significam que numa única sessão foram eliminados os aumentos dos dois últimos meses, com o WTI e o Brent a negociarem nos mesmos preços que tinham em meados de setembro.
“O petróleo desliza devido às preocupações com a nova variante”, afirmou Craig Erlam, analista de Oanda, citado pela AFP.
A nova variante do coronavírus, designada até agora como B.1.1.529, foi identificada inicialmente na África do Sul e apresenta um potencial de rápida propagação, de acordo com cientistas, que não sabem, nesta fase, se as vacinas disponíveis atualmente são eficazes contra ela.
Vários países europeus já decidiram suspender os voos provenientes da África Austral e outros, como o Japão, optaram por impor quarentenas.
“O medo de que outros introduzam novas medidas de confinamento e restrições nas deslocações penaliza ainda mais o petróleo”, considera Fawad Razaqzada, de Thinkmarkets.
Os investidores estão preocupados “com o impacto dessas restrições nas viagens”, sejam reais ou potenciais, segundo Erlam.
“Mesmo sem restrições severas, as pessoas vão ser mais prudentes, o que vai pesar na procura”, acrescentou.
As atenções concentram-se na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e nos seus 10 aliados da OPEP+, que têm uma reunião na próxima quinta-feira para determinar a evolução da oferta conjunta a partir do início do próximo ano.
Além do risco ligado a esta nova variante, esta semana foi também anunciada a decisão dos Estados Unidos e de outros países de usarem as suas reservas estratégicas para aumentar a oferta e fazer baixar os preços do petróleo.
Os preços do barril de petróleo, que caíram para menos de 20 dólares no pico da pandemia, tinham recuperado nos últimos meses, chegando aos níveis elevados de finais de 2018.
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