Luís Filipe Castro Mendes “felicita calorosamente” o arquiteto Manuel Aires Mateus e afirma que a sua arquitetura, “usando um traço contemporâneo e inovador, garante, de modo harmonioso, a ausência de ruturas nos espaços construídos”.
Manuel Aires Mateus foi hoje distinguido com o Prémio Pessoa, com o valor pecuniário de 60.000 euros.
Segundo o júri do galardão, ao qual presidiu Francisco Pinto Balsemão, “a sua arquitetura é moderna, abstrata e contemporânea, mas parte de uma recolha de formas e materiais vernaculares portugueses, que integra de um modo exemplar”.
“A construção de formas e volumes é feita com um caráter inovador, por subtração de matéria, esculpindo vazios, contrariando assim o sentido clássico do projetar”, segundo o júri.
“Na obra doméstica e na recuperação de edifício é raro provocar ruturas, mas não cede a mimetismos fáceis, conseguindo estabelecer uma continuidade entre passado e atualidade”, acrescentou.
Manuel Aires Mateus nasceu em Lisboa, em 1963, e licenciou-se na Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, em 1986, tendo trabalhado com o arquiteto Gonçalo Byrne, entre 1983 e 1988.
Foi professor na Graduate School of Design da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e, atualmente, leciona na Accademia di Architettura de Mendrisio, na Suíça, onde desenvolve uma atividade pedagógica cujos resultados integra nos seus projetos.
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