A decisão consta de uma informação distribuída hoje à imprensa pelo gabinete da Presidência da República, dando conta da exoneração, por decreto presidencial, e da nomeação, pela mesma forma, de Jesus Faria Maiato, para o cargo de ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social.
António Rodrigues Paulo, que era secretário de Estado no mesmo ministério, no Governo chefiado por José Eduardo dos Santos, foi o único dos 32 ministros nomeados entre 28 e 29 de setembro por João Lourenço a não tomar posse na cerimónia que decorreu no palácio presidencial, no último sábado.
Não foram adiantados motivos para esta substituição, mas alguma imprensa privada angolana noticiou nos últimos dias que António Rodrigues Paulo estava fora do país aquando da nomeação para o cargo de ministro e que não teria sido consultado para o efeito.
A 30 de setembro, na cerimónia que seria para empossar os 32 ministros nomeados, o chefe de Estado pediu "trabalho" a todos os governantes indicados, condição que, disse, ditará a avaliação da qualidade das escolhas feitas para este Governo.
"Nós confiamos na vossa capacidade. É evidente que é cedo para concluir se acertamos na composição deste executivo. Será pelo nosso trabalho, pelos nossos resultados, que a sociedade nos vai julgar e concluir, daqui a algum tempo, se, efetivamente, este foi ou não o melhor executivo escolhido", afirmou João Lourenço.
O Governo nomeado por João Lourenço conta com 32 ministros (mais um do que o anterior), três dos quais de Estado, com Manuel Nunes Júnior a acumular com o Desenvolvimento Económico e Social, Pedro Sebastião com as funções de chefe da Casa de Segurança do Presidente da República e Frederico Manuel dos Santos e Silva Cardoso como chefe da Casa Civil.
"Sabemos que temos os olhos, não só dos angolanos mas também do mundo, postos em nós, a julgar pelas grandes expectativas criadas à volta do que este executivo fará nos próximos anos. Temos um desafio muito grande a enfrentar e a vencer, que é, entre outros, o desafio da diversificação da nossa economia, o desafio do combate às assimetrias regionais, o desafio de garantir maior oferta de bens e de serviços para as nossas populações, o desafio de garantir maior emprego para as cidadãos angolanos, em particular para os nosso jovens", exortou João Lourenço.
No Governo empossado mantêm as mesmas pastas (do executivo anterior, nomeado por José Eduardo dos Santos) Ângelo de Barros da Veiga Tavares (ministro do Interior), Augusto Archer Mangueira (Finanças), Marcos Alexandre Nhunga (Agricultura e Florestas), Bernarda Martins (Indústria), João Baptista Borges (Energia e Águas), Augusto da Silva Tomás (Transportes), Victória de Barros Neto (Pescas e do Mar), José Carvalho da Rocha (Telecomunicações e Tecnologias de Informação) e Carolina Cerqueira (Cultura).
Dos 32 ministros que compõem o executivo angolano, um dos maiores do mundo, 11 são mulheres.
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