Em relação a esta presença militar aliada no país invadido pela Rússia, algo que Macron propôs na semana passada, durante uma cimeira de países ocidentais em Paris, Pavel disse que “devem ser procuradas novas formas, incluindo o debate sobre a presença física na Ucrânia”.
“Há um receio de falar de forças de combate, mas estamos a falar de formas de assistência”, disse o general reformado, referindo-se ao treino de soldados em território ucraniano, ressalvando que é uma decisão que “cabe à Ucrânia, que é um país soberano”.
O líder checo, antigo presidente do Comité Militar da Aliança Atlântica, deixou claro que o debate que começou com consultas no seio da NATO e que prosseguiu na cimeira de Paris deve continuar.
“Não podemos parar com o tipo de assistência que estamos a prestar hoje”, disse Pavel sobre a assistência prestada até agora, que consiste no envio de ajuda militar e de fornecimentos humanitários.
“A Rússia não deve ganhar esta guerra”, disse Macron, que na semana passada tentou mobilizar 27 aliados ocidentais para explorar novas vias, incluindo o envio de soldados para a Ucrânia.
Sobre a iniciativa checa de detetar munições excedentárias de países terceiros para as comprar e enviar para a Ucrânia, o dirigente francês salientou que se trata de um “complemento significativo das atividades conjuntas” que continuará a ser trabalhado.
Quinze países aderiram à iniciativa, que consiste na compra de 800 mil munições de artilharia a países fora da União Europeia.
Macron reiterou os cinco pontos da estratégia aliada acordada há uma semana em Paris: o trabalho de deteção e eliminação de minas, o apoio civil na Bielorrússia, a defesa da Moldova, a produção de armas em solo ucraniano – algo em que as empresas de armamento checas já estão a trabalhar – e a luta contra a ameaça cibernética.
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