“Estou a pedir a cooperação do Parlamento para rever a organização do Governo, a fim de criar um ministério do planeamento para combater a baixa taxa de natalidade”, afirmou Yoon Suk-yeol, na primeira conferência de imprensa que deu em quase dois anos e depois da derrota do partido nas eleições gerais de abril.

O número de recém-nascidos na Coreia do Sul, um país com 51 milhões de habitantes, atingiu o nível mais baixo (230.000) em 2023, desde que as primeiras estatísticas foram compiladas em 1970, anunciou Seul, em fevereiro, apesar dos milhares de milhões de euros investidos pelas autoridades para incentivar os nascimentos.

O número de recém-nascidos por mil habitantes desceu para 4,5, contra 4,9 em 2022, de acordo com dados preliminares da agência estatal de estatísticas.

A taxa de fecundidade desceu para 0,72 filhos por mulher, longe dos 2,1 necessários para manter a população no nível atual. Esta taxa não era atingida no país desde o final da década de 1980.

A este ritmo, e sem recurso à imigração, a população da Coreia do Sul deverá reduzir quase para metade até 2100, indicaram especialistas.

A taxa de fertilidade do país é a mais baixa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e a idade média em que uma mulher tem o primeiro filho é de 33,6 anos, a mais elevada da OCDE.

Seul gastou grandes somas de dinheiro para incentivar os nascimentos, através de subsídios, serviços de acolhimento de crianças e ajuda para tratamentos de infertilidade, mas sem sucesso.