“Estou absolutamente contra, acho extemporâneo, uma coisa sem qualquer sentido, porque tivemos um líder que vai fazer daqui a dois dias um ano que foi eleito e nessa altura houve oportunidade, para quem quisesse concorrer à liderança, de o ter feito”, disse à Lusa.
Jorge Fidalgo acrescentou que “nem sequer” percebe e que estranha “muito esta atitude” de Luís Montenegro, “porque revela falta de coerência e revela tudo o contrário do que ele vem a dizer”.
“Estamos aqui perante a coerência e a responsabilidade de um líder que é o doutor Rui Rio e perante a incoerência de um grupo de pessoas que eu pessoalmente ainda não percebi quais são os interesses”, afirmou.
Para o presidente da distrital de Bragança, os interesses por detrás do movimento contra Rui Rio “não são certamente a defesa do PSD”.
Jorge Fidalgo defende que é nas eleições legislativas de outubro que o partido tem de verificar o resultado da ação do líder.
“Eu lembro que três meses antes das eleições legislativas de 2015 todas as sondagens davam a derrota ao PSD e ao CDS e ganharam-nas”, apontou.
Fidalgo critica a política em que “tudo é muito volátil, tudo é muito rápido” e entende que “os portugueses se reveem numa postura de coerência e de responsabilidade”, numa atitude de “fazer política de forma séria para as pessoas e não para as notícias garrafais dos jornais e das televisões”
Jorge Fidalgo defende que Rui Rio preconiza “políticas que sirvam o país e que sirvam as pessoas” e que “era importante era que os companheiros do PSD e os militantes estivessem todos unidos nesse propósito”.
“É exatamente o eleitorado que vai decidir. Se fosse o próprio doutor Rui a pôr o lugar à disposição, aí as coisas seriam completamente diferentes, agora haver um grupo de militantes, liderado, neste caso, pelo doutor Luís Montenegro, por quem tenho a maior simpatia, respeito e amizade, mas discordo em absoluto”, enfatizou.
Para o presidente da distrital de Bragança do PSD, este “não é o momento” para estas movimentações, numa altura em que o partido está a preparar o conselho estratégico e as eleições europeias.
“E eu espero que o PSD seja aquele partido de referência que sempre foi e não um partido de quem anda à procura de lugares e de interesses pessoas, eu isso estarei sempre absolutamente contra”, declarou.
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