“A Liga Portugal mostra-se preocupada com esta intenção, que coloca em causa a sustentabilidade de clubes do futebol profissional, sobretudo no que às ilhas diz respeito”, refere a nota da LPFP enviada à agência Lusa e que reage ao anúncio da transportadora aérea nacional em alterar as tarifas de desporto para os arquipélagos da Madeira e dos Açores.

Já durante o fim de semana, o Nacional, que esta temporada foi despromovido à II Liga, manifestou a sua preocupação pelo fim da tarifa desporto, afirmando mesmo que essa decisão da TAP colocava “em causa a participação nacional”.

Em resposta, a TAP, que no final de março eliminou a aludida tarifa, fixada em 280 euros, considera que o fim da “tarifa desporto”, aplicada às diversas modalidades desportivas para os arquipélagos da Madeira e dos Açores, é mais favorável agora do que no modelo anterior, alegando que em 60% dos casos vai ser possível viajar com uma tarifa mais baixa do que a até agora aplicada.

O Nacional contestou essa ideia e assegura que “o fim da tarifa do desporto deixa as equipas da Região Autónoma da Madeira reféns de uma política de preços abusiva e absurda”, frisando que “aproveita de forma inaceitável o modelo do subsídio de mobilidade em vigor para aumentar substancialmente os rendimentos da empresa e os prémios a distribuir por alguns dos seus colaboradores”.

O clube insular exemplifica: “As viagens da equipa sénior de futebol do CD Nacional para o estágio de preparação de pré-temporada a realizar no Continente, apesar de marcadas com mais de um mês de antecedência, vão custar mais 36% do que custariam se estivesse em vigor a tarifa do desporto.”

E acrescenta: “As alterações nos dias e horas de jogos são feitas com duas a três semanas de antecedência, facilmente se percebe que os tais 60% de que fala a companhia dificilmente serão atingidos. Bem pelo contrário.”