“Condeno veementemente, inequivocamente, este ato bárbaro contra civis inocentes na Rússia, e estendo a solidariedade às vítimas e famílias, ao povo russo e aos líderes”, referiu, numa mensagem na rede social Facebook, o também prémio Nobel da Paz.

Na mensagem, José Ramos-Horta considerou também que o ataque, que provocou mais de uma centena de vítimas mortais, como uma “operação planeada e metodicamente conduzida por terroristas altamente treinados”.

Pelo menos 115 pessoas morreram no ataque de sexta-feira a uma sala de concertos nos arredores do Moscovo, reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), anunciou hoje a Comissão de Investigação.

Segundo a agência AFP, que cita um comunicado da Comissão de Investigação, os investigadores acrescentaram ter descoberto “outros corpos durante a remoção dos escombros”, elevando assim para 115 o total de mortos encontrados até ao momento enquanto se mantêm as operações de busca e resgate.

O Serviço Federal de Segurança (FSB) informou ainda ter detido 11 pessoas relacionadas com o atentado.

Entre os detidos encontram-se quatro terroristas que participaram pessoalmente no ataque, segundo informou o diretor daquele organismo federal, Alexandr Bórtnikov, ao Presidente russo, Vladimir Putin.

Os suspeitos, que ofereceram resistência, foram detidos na estrada na região de Briansk, na fronteira com a Ucrânia.

De acordo com os serviços de segurança russos, os terroristas pretendiam atravessar a fronteira com a Ucrânia e tinham contactos com representantes ucranianos.

A Presidência da República ucraniana e combatentes russos pró-Ucrânia negaram qualquer envolvimento no ataque na sala de concertos da periferia de Moscovo.

Até ao momento, 107 pessoas feridas no ataque encontram-se a receber cuidados médicos em hospital da capital russa e nos arredores.

Segundo fontes médicas, 16 feridos, entre os quais uma criança, encontram-se em estado considerado muito grave e 44 em estado considerado grave.