A ex-número dois de Mariano Rajoy, com 21.513 votos dos militantes, venceu a primeira volta das eleições internas e passa à segunda volta com o vice-secretário do PP, que obteve 19.967, segundo os “resultados provisórios” anunciados ao fim da noite.
O congresso extraordinário do partido, nos próximos dias 20 e 21, tomará a decisão final sobre quem será o novo ou a nova líder do partido que historicamente tem conduzido a direita espanhola e intercalado com o PSOE na responsabilidade de dirigir o Governo espanhol, desde o início da transição democrática em 1978.
Soraya Sáenz de Santamaría, com 47 anos, foi até 01 de junho último vice-presidente do Governo de Mariano Rajoy, enquanto Pablo Casado, com 37 anos, é o vice-secretário do PP e uma pessoa que muitos no partido consideram ter um futuro promissor.
A grande derrotada do dia, com 15.090 votos, é María Dolores de Cospedal, a atual número dois do PP e ex-ministra da Defesa do Governo de Rajoy, que a maioria dos observadores apostava que passaria à segunda volta com Soraya Sáenz de Santamaría.
Trata-se da primeira vez que o PP realiza este tipo de eleições primárias para decidir quem irá liderar o partido.
O novo presidente até poderia já ter sido escolhido hoje no caso de o candidato mais votado ter conseguido mais de 50% dos votos e uma diferença de mais de 15% em relação ao segundo.
Os 58.305 militantes do PP (taxa de participação de 78%) que que exerceram o seu direito de voto também escolheram os delegados ao congresso extraordinário.
O futuro líder do PP e candidato a primeiro-ministro nas eleições gerais que deverão realizar-se em 2020 terá de renovar e modernizar um partido que nos últimos anos perdeu uma parte importante do seu eleitorado devido a uma série de casos de corrupção que envolveu alguns dos seus dirigentes.
Mariano Rajoy foi primeiro-ministro de Espanha desde 2011 até ser afastado em 01 de junho último por uma moção de censura apresentada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) com o apoio do Unidos Podemos (extrema-esquerda) e de outros partidos mais pequenos, como os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.
[Notícia atualizada às 23:09]
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