Luís Montenegro fez uma declaração no Palácio Presidencial, em Luanda, depois de um encontro a sós com o Presidente da República de Angola, João Lourenço, e antes do encontro das comitivas alargadas dos dois países, no âmbito da visita oficial de três dias a este país que hoje iniciou.
“O nosso Instituto de Emprego e Formação Profissional começará a trabalhar em Angola com o intuito de promover a formação profissional de quadros angolanos, seja para atividades desenvolvidas no território, seja para aqueles que procuram ir trabalhar para Portugal”, disse, enquadrando esta iniciativa em protocolos de colaboração que serão acordados entre os Ministérios da Segurança Social.
O objetivo, explicou, será que estes cidadãos possam ter uma entrada no mercado de trabalho português “mais favorecida, mais ágil e mais capaz de poder ter um desenvolvimento e um acolhimento eficazes”.
Montenegro reafirmou também garantias de que as recentes alterações à política de imigração em Portugal “mantêm intactas todas as condições para haver uma mobilidade fluida entre os cidadãos portugueses que vêm para Angola e os cidadãos angolanos que procuram Portugal”.
“A este último respeito, quero reafirmar que as recentes alterações que promovemos em Portugal na nossa política de imigração não alteraram em nada aquela que é a porta de entrada que estabelecemos com os países da comunidade que fala a língua portuguesa”, disse.
Em concreto para Angola, o primeiro-ministro assegurou o reforço “em três grandes áreas”: “Agilizando procedimentos e reforçando os recursos humanos nos postos consulares, e proporcionando um serviço mais transparente e combatendo o açambarcamento de vagas, que é um dos óbices que têm muitas vezes impedido cidadãos Angolanos de obterem as marcações e os vistos respetivos”.
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