Dezenas de incêndios estão ativos em vários pontos da Austrália enquanto Sydney, cidade com cinco milhões de habitantes, continua sob uma intensa nuvem de fumo.
Em entrevista à cadeia de rádio ABC, o primeiro-ministro conservador, Scott Morrison defendeu as políticas governamentais contra as alterações climáticas sublinhando que a Austrália “já cumpriu a sua parte”, referindo-se diretamente às medidas ambientais.
Morrison tem sido pressionado por organizações da sociedade que exigem a redução das emissões dos gases com efeito de estufa e o aumento do investimento nas energias renováveis.
Na Austrália, a questão ambiental é sensível, sobretudo, por causa da poderosa e lucrativa indústria mineira.
Seis pessoas morreram e centenas de casas ficaram destruídas na sequência dos incêndios, sobretudo na Nova Gales do Sul (sudeste) e em Queensland (nordeste) desde setembro.
Académicos, cientistas e antigos bombeiros, assim como as vítimas diretas dos incêndios, acusam o governo pelo agravamento do aquecimento global.
“É sugerido de uma maneira ou de outra que a Austrália é responsável por 1,3% das emissões mundiais – e que tem um impacto específico sobre os incêndios. Aqui, como no resto do mundo, não existem provas específicas credíveis”, acrescentou o primeiro-ministro na mesma entrevista.
A seca, as temperaturas elevadas superiores aos 40 graus centígrados, os ventos fortes assim como os baixos níveis de humidade têm provocado um aumento dos incêndios nos últimos tempos.
Em Sidney, as autoridades têm apelado aos moradores das zonas afetadas a abandonarem as residências e a concentrarem-se em centros escolares.
Comentários