São cerca de 100 mil computadores que tinham sido anunciados para o primeiro período do ano letivo e que a partir de novembro já vão estar nas mãos dos alunos, anunciou o ministro durante uma audição na Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto por requerimento dos grupos parlamentares do PSD, BE e PAN.
Segundo Tiago Brandão Rodrigues, a distribuição destes equipamentos vai ser feita em primeiro lugar pelas escolas dos territórios educativos de intervenção prioritária e pelos alunos beneficiários da ação social escolar.
“Já foram lançados os procedimentos para a aquisição de um número muito significativo de outros computadores também para alunos com ação social escolar que deverão chegar, esperamos, este ano letivo às nossas escolas”, acrescentou, sem avançar números.
A Escola Digital e a promessa de novos computadores para todos os alunos do ensino público foi um dos temas sobre o qual o ministro da Educação foi questionado, numa audição que durou cerca de duas horas.
Durante as intervenções dos deputados, Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, criticou o executivo, referindo que “os computadores prometidos ainda não chegaram” às escolas, e a deputada do CDS-PP Ana Rita Bessa recordou as declarações de António Costa que, em abril, deixou a promessa de que no início do ano letivo todos os alunos teriam um computador.
“Para quando então o cumprimento completo e final da promessa do senhor primeiro-ministro? Era para setembro, mas presumo que seja talvez para setembro do ano que vem”, questionou, mas sem resposta do governante.
O ministro acrescentou que o plano de transição digital assenta em mais do que a distribuição de computadores.
“Assenta nas questões dos equipamentos e da conectividade, mas também na capacitação de professores e no desenvolvimento e disponibilização de recursos pedagógicos digitais e na desmaterialização dos recursos físicos”, sublinhou.
Em relação à capacitação dos docentes, o secretário de Estado e Adjunto da Educação adiantou que já foi iniciado o programa de formação, em colaboração com os centros de formação e que a primeira fase, que arrancou na sexta-feira, vai incluir cerca de 400 docentes, que serão formadores na fase seguinte.
João Costa acrescentou ainda que vai ser feito um diagnóstico sobre o nível de proficiência digital dos professores, com base no qual é desenhado um plano individualizado de necessidades de formação na área.
“A partir daí, teremos formação acreditada para todos os professores com sessões presenciais, assíncronas e oficinais que abrangem temas como a capacidade de utilização de tecnologias de forma constante, práticas pedagógicas em regime híbrido e em regime não presencial, computação, programação, robótica, entre outras”, precisou.
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