O jornal Expresso noticia hoje que os utentes dos centros de saúde de Vila Facaia e da Graça precisam de renovar as baixas médicas e ter acesso a receituários, mas não podem porque o sistema informático não funciona.
Questionado por esta situação, o ministro da saúde afirmou que “não é verdade que o sistema não esteja a funcionar nos centros de saúde” do concelho de Pedrogão Grande, onde deflagrou o incêndio no passado dia 17 de junho.
“Em concreto, duas extensões, por motivo de furtos das instalações e dos cabos, que por duas vezes já foram instalados, têm estado constantemente a ir abaixo”, explicou Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas, à margem da inauguração do primeiro Espaço Familiar Ronald McDonald em Portugal, instalado no Hospital Santa Maria, em Lisboa.
O ministro adiantou que a informação que dispõe é que “a operadora vai optar por um sistema de comunicação diferente, eventualmente por satélite, e que essas duas extensões do conjunto de centros de saúde terão o problema resolvido esta semana”.
O Expresso adianta que, desde os incêndios que deflagram há quase um mês na região centro e que causaram 64 mortes, as telecomunicações apresentam problemas.
Um dos serviços afetados é o das extensões de Vila Facaia e da Graça, abrangidas pelo Centro de Saúde de Pedrógão Grande, que atendem cerca de 1500 pessoas, adianta o jornal na edição online
Nestas duas aldeias, o sistema informático não funciona, impedindo que sejam disponibilizadas as requisições necessárias ao tratamento de doentes crónicos, como diabéticos, ou a entrega da renovação de baixas médicas, necessárias para que as pessoas afetadas não se apresentem ao trabalho, sublinha.
Contatada pelo Expresso, a PT Portugal garante que a rede fixa já foi reposta em Pedrogão Grande, embora admita que possa haver um “constrangimento técnico pontual” que pode estar a afetar as comunicações dos Centros de Saúde desta localidade.
Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.
Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.
Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.
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