“A FNE congratula-se e saúda todos os professores e educadores pela enorme adesão a este protesto”, sublinha a federação que faz parte da plataforma de nove estruturas sindicais que convocou a greve de hoje.
A meio da manhã, a FNE divulgou uma lista de duas páginas com escolas e agrupamentos que hoje não abriram as suas portas: Cerca de cinco dezenas no norte, mais de duas dezenas na zona de Lisboa e outras duas dezenas no centro e outras tantas escolas e agrupamentos na região do Alentejo e Algarve.
Cerca de três semanas após o arranque do ano letivo, docentes e educadores voltaram hoje a parar para exigir velhas reivindicações, como a contabilização integral do tempo de serviço congelado: Seis anos, seis meses e 23 dias.
“Os professores perdem anualmente milhares de euros por não lhes ser contado integralmente o tempo de serviço que cumpriram”, refere o pré-aviso de greve da plataforma, da qual faz parte também a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Na segunda-feira, o primeiro-ministro voltou a rejeitar a hipótese de uma recuperação integral do tempo de serviço dos professores, defendendo que o custo “é insustentável para o país” e que “tem de haver equidade” para todas as carreiras da função pública.
Vários dirigentes sindicais alertaram que a posição do primeiro-ministro iria potenciar ainda mais a adesão à greve, garantindo que os professores não irão desistir e que a luta vai continuar.
O fim das vagas para progressão aos 5.º e 7.º escalões e das quotas de avaliação são outras exigências da plataforma, da qual fazem parte também o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) e o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU).
A greve de hoje marca o fim da Semana Europeia dos Professores e realiza-se um dia após o Dia Mundial do Professor (5 de outubro).
Na próxima segunda-feira, 09 de outubro, será a vez de os trabalhadores não docentes fazerem uma greve pela valorização das profissões, na sequência do pré-aviso entregue apenas pelo Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (SINAPE), que também faz parte da plataforma.
Segundo o SINEPE, estes profissionais vivem desde 2010 “uma desvalorização salarial”, uma vez que as suas “tabelas foram ‘engolidas’ pelo ordenado mínimo nacional, sem que existisse uma reestruturação das carreiras”.
Fenprof, FNE, ASPL, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU são as nove organizações sindicais de docentes da plataforma.
O ano letivo começou com uma semana de greves de professores e pessoal não docente convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.T.O.P).
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