“Neste objetivo estão também previstas outras ações estratégicas, como o alargamento de capacidades do sistema de videovigilância florestal, a aquisição de uma máquina de rastos, para apoio à prevenção e ao combate de fogos rurais”, e ainda a construção de cerca de duas dezenas de pontos de água para apoiar meios aéreos e combate a incêndios, divulgou a CIMRL.
Segundo esta entidade, estes investimentos “enquadram-se na estratégia sub-regional apresentada no âmbito do designado Plano de Ação da Intervenção Territorial Integrada da CIMRL para o próximo ciclo de fundos europeus, com prioridade para o eixo da resiliência territorial e neutralidade carbónica, objetivo que integra vários investimentos de natureza intermunicipal e que correspondem também às ações propostas no âmbito do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais”.
“Este plano foi apresentado e articulado com o Comando Sub-regional de Leiria da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil” e vai ser “implementado ao nível da definição das prioridades em estreita colaboração” com a Federação dos Bombeiros do Distrito de Leiria, adiantou.
À agência Lusa, o vice-presidente da CIMRL Jorge Vala, que tem o pelouro da Proteção Civil, esclareceu que o hoje divulgado “está contemplado nos 105 milhões de euros de fundos comunitários para a Região de Leiria”.
“Há uma parte, neste caso são cerca de cinco milhões de euros, que é, exclusivamente, para proteção civil e apoio aos bombeiros”, adiantou Jorge Vala, também presidente da Câmara de Porto de Mós.
O autarca explicou que este “investimento é para concretizar ao longo dos próximos anos”, mas se abrirem avisos, como se espera, para 2024, “e se a resposta às necessidades for emergente, naturalmente que será feito em 2024”.
“Estamos em permanente necessidade, nomeadamente os corpos de bombeiros”, adiantou, assinalando que a grande maioria destas associações humanitárias vive “com algumas dificuldades, sobretudo para dar resposta à urgência de substituição de equipamentos de proteção individual e viaturas”.
Jorge Vala realçou, a este propósito, que tem havido “uma resposta muito próxima dos municípios em relação à complementaridade destes apoios”.
“Esta disponibilidade de fundos comunitários terá, com certeza, da parte dos municípios, o apoio para que estes corpos de bombeiros não tenham de suportar da sua tesouraria estes investimentos”, referiu, acreditando que, “durante os próximos dois ou três anos”, existirão “investimentos significativos nos corpos de bombeiros, com o apoio também dos municípios”.
Admitindo que “este valor será sempre pequeno, será sempre um valor insuficiente aos olhos da vontade dos corpos de bombeiros”, Jorge Vala sublinhou tratar-se, ainda assim, de um “investimento significativo com apoios do [Programa] 2030”.
A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.
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