Em comunicado, a concelhia do PS daquela cidade algarvia diz querer ver "inequivocamente esclarecidos os verdadeiros propósitos de se celebrarem dois contratos iguais e de milhares de euros, para executar serviços pouco claros e suscetíveis de lesar, uma vez mais, o povo que paga impostos e taxas nos seus mais altos níveis".
Em causa está uma notícia avançada na edição de segunda-feira do jornal "Público", que dá conta da celebração de contratos de prestação de serviços para realizar os mesmos serviços, por parte da Câmara Municipal e da empresa municipal Sociedade de Gestão Urbana, entretanto dissolvida, a pouco meses das eleições autárquicas de 2017.
Segundo os socialistas, a atual presidente da autarquia, Conceição Cabrita, que na altura ocupava o cargo de vice-presidente, ouvida por aquele jornal, não soube "sequer explicar porque se celebram contratos de consultoria para realizar o mesmo trabalho, custando cada um largas dezenas de milhares de euros".
A Câmara de Vila Real de Santo António, sob gestão social-democrata desde 2005, encontra-se desde 2016 sob a supervisão financeira do Fundo de Apoio Municipal e é atualmente uma das mais endividadas do país, de acordo com a Direção-Geral das Autarquias Locais.
O PS manifestou-se "gravemente preocupado" com a situação financeira da autarquia, notando que o Fundo de Apoio Municipal "não tem conseguido produzir os efeitos desejados".
Instada pela Lusa a reagir à participação criminal ao Ministério Público, fonte da autarquia referiu apenas que a o PS de Vila Real de Santo António "é livre de tecer as considerações que entender".
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