Em comunicado, o PS critica as declarações dos partidos da oposição, “que, com total desconhecimento do processo e antes mesmo de qualquer julgamento ou sentença, pretendem subverter os mais basilares princípios de um Estado de direito democrático”.

Na segunda-feira, o Tribunal de Instrução Criminal do Porto aplicou prisão domiciliária, com vigilância eletrónica, ao presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes (PS), proibindo-o ainda de contactos com os funcionários do município.

Em causa a operação "Teia", que se centra nas autarquias de Barcelos e Santo Tirso e no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e que investiga suspeitas de corrupção, tráfico de influência e participação económica em negócio, traduzidas na viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto.

Costa Gomes está indiciado dos crimes de corrupção passiva e de prevaricação.

O seu advogado, Nuno Cerejeira Namora, já disse que o autarca se vai manter “em plenas funções”.

Na operação Teia, são ainda arguidos o agora demissionário presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, que ficou em liberdade mediante o pagamento de uma caução de 40 mil euros, e a mulher, Manuela Couto, que ficou em prisão domiciliária.

O outro arguido é o presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, que também ficou em liberdade mediante caução de 20 mil euros, e com suspensão das funções que exercia.