Em declarações à Lusa, o deputado do PSD Duarte Pacheco declarou-se favorável à decisão, afirmando que o Governo "compreendeu que o país é maioritariamente católico" e que, em Fátima, com a visita do papa, o centenário das aparições e a canonização de dois pastorinhos, "é um acontecimento excecional".
"E para acontecimentos excecionais, tomam-se medidas excecionais", disse, recusando a ideia de que, com esta decisão, se está a colocar em causa o Estado laico.
Pelo CDS, o deputado Filipe Anacoreta Correia também concorda com a decisão, interpretando-a como o "reconhecimento da importância do papa Francisco, da Igreja Católica em Portugal e que esta visita mexe com milhares de pessoas que vão deslocar-se a Fátima".
"Com esta decisão, o Governo teve a preocupação de se associar a uma circunstância de grande alegria para os portugueses", concluiu.
O Governo vai conceder tolerância de ponto nos serviços públicos a 12 de maio, dia em que o papa Francisco chega a Portugal para o centenário das "aparições" de Fátima, disse hoje à Lusa fonte do executivo.
A mesma fonte adiantou à agência Lusa que a tolerância de ponto será dentro em breve anunciada formalmente pelo Governo.
O papa Francisco visita Fátima a 12 e 13 de maio para canonizar os dois pastorinhos Jacinta e Francisco no centenário das "aparições" na Cova da Iria, em 1917.
O papa tem também encontros agendados com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro, António Costa.
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