“Foi um momento de clarificação em que foi inequívoca a vontade dos conselheiros”, afirmou Salvador Malheiro à agência Lusa, à margem de um jantar com cerca de uma centena de militantes, na Moita dos Ferreiros, concelho da Lourinhã, distrito de Lisboa.
Analisando as intervenções no Conselho Nacional Extraordinário, o vice-presidente do PSD declarou que “foram identificadas algumas questões a melhorar”, que a Comissão Política Nacional vai ter a “humildade para tentar retificar e melhorar”, reiterando as afirmações do presidente do partido, Rui Rio.
Ainda assim, defendeu que nem todos os militantes “têm de bater palmas a todas as medidas apresentadas, mas essa não é razão para vir para fora dizer mal do partido”.
Para o social-democrata, o Conselho Nacional Extraordinário “foi um momento de afirmação do PSD, de grande união, coesão e de mobilização para os desafios que estão à frente, que têm a ver com as eleições europeias, legislativas e as regionais na Madeira”.
“Temos as condições todas para ganhar se estivermos a rumar para o mesmo lado e parece que desta vez estamos”, sublinhou.
Para Salvador Malheiro, o partido “saiu muito mais forte” do Conselho Nacional para, nas eleições legislativas, “construir a alternativa galvanizadora, em contrapartida com a atitude enganadora com uma série de medidas prometidas por este Governo que depois não são cumpridas”.
O social-democrata defendeu que o Governo, liderado pelo socialista António Costa, está “desgastado”, como prova a contestação social de vários setores.
O Conselho Nacional do PSD aprovou hoje a moção de confiança à Comissão Política Nacional liderada por Rui Rio, com 75 votos a favor, 50 contra e um nulo, segundo fonte oficial do PSD.
Votaram 126 conselheiros nacionais, o que totaliza uma aprovação da moção da confiança por cerca de 60% dos votos.
A moção de confiança tinha sido apresentada pelo presidente do partido, depois de o antigo líder parlamentar Luís Montenegro ter desafiado Rui Rio a convocar diretas.
Rio rejeitou o repto de antecipar as eleições – completou no domingo metade do seu mandato, um ano –, mas pediu ao órgão máximo do partido entre Congressos que renovasse a confiança na sua Comissão Política Nacional.
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