Das amostras testadas pela organização não-governamental (ONG) brasileira, 85% apresentaram qualidade boa ou regular, contra 15% com uma qualidade de água má ou péssima, o que significa que não pode ser utilizada para abastecimento humano ou atividades de lazer, declarou na quinta-feira a ONG ambientalista.

Os resultados, baseados em amostras de água recolhidas em 129 rios de 16 estados brasileiros pela organização, representam uma melhoria em relação a 2022, quando 82% dos pontos testados indicaram qualidade boa ou regular e 18% má ou péssima.

Em 2016, primeiro ano da medição, 35% dos trechos examinados tinham qualidade má ou péssima e apenas 65% apresentavam água boa ou regular.

Apesar dos avanços, a ONG salientou que os rios da Mata Atlântica, como é conhecida a floresta tropical que ladeia o litoral, estão fragilizados devido às condições precárias de saneamento básico, com menos da metade da população a ter acesso a esse serviço.

“Vemos uma tendência de melhora, mas a situação de alerta em relação aos rios da Mata Atlântica persiste”, referiu num comunicado o coordenador da iniciativa, Gustavo Veronesi, alertando ainda para o crescimento desordenado das cidades na região costeira, a mais populosa do Brasil.

Um dos focos vermelhos de poluição apontados pelo relatório é Pinheiros, rio que atravessa parte de São Paulo. As amostras de água aí recolhidas indicaram péssima qualidade, apesar das recentes tentativas de descontaminação por parte do governo regional.

O Tietê, o principal rio da cidade, também apresenta enormes desafios na recolha e tratamento de águas residuais domésticas, de acordo com o relatório.