O protocolo foi hoje assinado na Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, entre a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e a ARS – Administração Regional da Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, e envolve as Misericórdias de Setúbal, Montijo, Barreiro e Sesimbra.
Num comunicado, a Misericórdia de Setúbal revelou que as Misericórdias vão prestar um serviço de consulta a adultos sem médico de família de zonas consideradas mais críticas, nomeadamente de Setúbal, Canha/Pegões, Barreiro e Quinta do Conde/Sesimbra.
De acordo com Manuel Lemos, presidente da UMP, o número total dos utentes que vão ser abrangidos só será quantificado quando “os sistemas informáticos estiverem ligados”, mas, no caso de Setúbal, a Santa Casa local estima que “este serviço representa a realização de cerca de 100 consultas por dia”.
“O objetivo é ajudar o Estado a atender mais pessoas, sobretudo nestas épocas em que este regista alguma dificuldade em encontrar profissionais, e sempre na procura do interesse público, que é ajudar as pessoas e assegurar que elas têm cuidados de saúde”, afirmou Manuel Lemos, citado no comunicado.
O dirigente da UMP salientou ainda que a intenção das Misericórdias “não é atender pessoas que podem ser atendidas pelo Estado”, mas “cobrir aquela parte que, neste momento, por dificuldades profissionais, o Estado não tem [possibilidades de cobrir]”.
“Temos um problema nestes dois agrupamentos de centros de saúde que são utentes que não têm médico de família e não há qualidade em saúde sem acesso fácil ao médico de família”, admitiu, por seu lado, o vice-presidente da ARS – Administração Regional da Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Pinho.
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