A instituição, que iniciou atividade em janeiro de 2017, anunciou hoje que os pedidos de apoio não param de aumentar, de vítimas e de familiares que não sabem como lidar com a situação.
Do total de pedidos, 215 são diretamente de homens que passaram por situações de violência sexual e que procuram apoio pela primeira vez, de acordo com a associação.
“São sobreviventes que passaram anos a sofrer em silêncio”, afirma a associação em comunicado.
A Quebrar o Silêncio assume-se como a primeira associação de apoio especializado para homens vítimas de violência sexual.
A maioria destes homens demora vários anos a pedir apoio. A associação regista uma média de 39 anos de silêncio, sendo que a média de idades dos que a procuraram é de 37 anos.
“Muitas vezes sentem que estão sozinhos, que foram um caso único”, o que os impede de procurar apoio, refere a associação.
De acordo com o balanço apresentado, 27 homens “terminaram com sucesso o processo de recuperação do trauma”, desde o início do apoio prestado pela Quebrar o Silêncio: 16 no ano passado e 11 este ano.
“São homens cujas vidas e o quotidiano já não são mais afetados pelo trauma e pelas consequências do abuso”, precisa a associação, que apoiou também cônjuges e outros familiares com acompanhamento psicológico ou orientação para lidar com “um sobrevivente”.
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