Desde 1 de janeiro até 6 de setembro deste ano, foram feitas 901 reclamações dirigidas a bilheteiras online e a empresas organizadoras de eventos e concertos, adianta o Portal da Queixa em comunicado.
Tal número representa uma subida de 254% face ao período homólogo de 2021, onde foram apresentadas 254 queixas.
De acordo com o Portal da Queixa, o número é ainda mais impressionante face a 2019: houve uma subida de 1000% face ao período entre 1 de janeiro e 6 de setembro desse ano que, sendo pré-pandemia, realizaram-se concertos, festivais e espetáculos dentro da normalidade.
A avaliação que o Portal da Queixa faz quanto aos principais motivos de reclamação é de que 39% das participações estão relacionadas com problemas com o reembolso, 31% com fraudes com bilhetes e 19% prendem-se com queixas por mau atendimento/serviço.
As bilheteiras online com mais reclamações são a See Tickets (189 reclamações), a Ticketline (166), Viagogo (79), Blueticket (56) e a Festicket (34). No entanto, a Viagogo é particularmente visada por permitir casos de fraude.
O comunicado do Portal da Queixa cita alguns exemplos de reclamações, como o de Catarina: "Comprei bilhetes para o espetáculo do Lucas Neto e os bilhetes, para além de muito mais caros, eram falsos!!!” Já Marta Ribeiro diz ter pago 144,58 euros por dois bilhetes para o festival Marés Vivas, quando o preço final deveria ser 93€.
“Sinto-me completamente burlada, e infelizmente pelas queixas que já li sei que corro o risco de não o reaver o dinheiro. Este site recusa-se a cumprir as leis da UE, através de práticas fraudulentas, pelo que deveria ser bloqueado o quanto antes para acabar de vez com este tipo de situações", queixou-se Sónia Firmino.
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