"Entre o dia 22 de novembro e 22 de fevereiro, a categoria Transportes Públicos, Aluguer e Condução foi alvo de 1.951 reclamações. Segundo indicam os dados analisados, na subcategoria Transportes Coletivos de Passageiros, a Unir foi a entidade mais reclamada, com 313 reclamações registadas no período em análise, a ocupar uma fatia de 53,4% do volume total de ocorrências", pode ler-se num comunicado hoje divulgado pelo Portal da Queixa.
No 'ranking' das reclamações segue-se a Carris Metropolitana, da Área Metropolitana de Lisboa, "que recebeu 109 queixas (18,6%), no mesmo período", e a Carris, de Lisboa, "foi a terceira mais visada, ao recolher 11,1% das queixas. No mesmo período, a STCP [Sociedade de Transportes Coletivos do Porto] acolheu 5,5% das reclamações e os SMTUC – Serviços Urbanos de Coimbra geraram 2,4%".
À plataforma de comunicação criada em 2009 continuam a chegar "reclamações sobre autocarros que não passam, atrasos constantes, alterações de horários sem aviso, informações em falta", e ainda reclamações sobre mensagens em sueco, que se tornaram uma característica do lote que serve Vila Nova de Gaia e Espinho, pelo facto dos autocarros importados da Suécia ainda não terem sido todos pintados com as cores da rede Unir.
Entre os principais motivos de reclamação na Unir estão os atrasos, "ou seja, o incumprimento dos horários programados dos autocarros, a gerar 69% das reclamações em três meses", e 16,6% das queixas dizem respeito à "falta de autocarros, o segundo motivo mais reportado e que se refere à supressão de autocarros nas carreiras".
"Segue-se a alteração de carreira (6,2%), onde os casos reportam mudanças sem aviso. A conduta inapropriada do condutor do autocarro também foi denunciada em 4,2% das reclamações registadas pelos utentes", refere ainda o comunicado do Portal da Queixa.
As queixas começaram a originar-se ainda antes de o serviço entrar em operação, em 01 de dezembro, já que "a primeira reclamação foi publicada a 22 de novembro, assim que os consumidores tiveram acesso à informação sobre as linhas e horários e reclamaram supressões de linhas".
Os indicadores do Portal da Queixa revelam ainda que a marca Unir "regista baixos indicadores de performance, com um Índice de Satisfação avaliado pelos consumidores em 6.1 (em 100), sendo a reputação 'Insatisfatória'".
"A taxa de resposta é de 2,9% e a taxa de solução de 2,6%. Sobressai a taxa de retenção de clientes de apenas 18,4%", revelam ainda os indicadores apontados pelo Portal da Queixa.
A análise às queixas feitas no portal mostra também que "o horário dos autocarros que gera maior volume de reclamações por parte dos passageiros corresponde à hora de ponta do final do dia, entre as 18:00 e as 19:00".
A rede Unir começou a operar em toda a AMP no feriado de 01 de dezembro, tendo o seu primeiro 'teste de fogo' na segunda-feira seguinte, 04 de dezembro.
A nova rede de 439 linhas e nova imagem substituiu os cerca de 30 antigos operadores privados rodoviários na AMP, e o primeiro mês de operação foi alvo de muitas críticas em toda a região.
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