"Lesões na espinal medula afetam mais de 200 mil pacientes por ano à escala mundial", disseram à Lusa os responsáveis pelo PROREGEN, indicando que, apesar do "progresso considerável" no que respeita aos procedimentos médicos, cirúrgicos e de reabilitação, "não existem tratamentos eficazes para a recuperação neurológica".
Nesse sentido, consideram "essencial" a identificação de terapias que promovam recrescimento do axónio (prolongamento do neurónio que estabelece a sua ligação a uma célula-alvo) e a reparação da medula, atuando em lesões do sistema nervoso e em doenças neurodegenerativas.
O objetivo é avaliar 'in vivo' (em ratos com lesão do nervo ciático ou com lesão medular) o potencial regenerativo da Profilin-1 (Pfn1), uma proteína que regula a dinâmica do esqueleto celular, ativa após lesão, etapa que terá início brevemente.
De acordo com os investigadores, resultados 'in vitro' demonstram já que a Pfn1 é promotora do crescimento do axónio, com efeitos "robustos e surpreendentes".
Caso seja bem-sucedido 'in vivo', esta terapia poderá ainda ter aplicações noutras doenças, nas quais a regeneração é necessária.
Este projeto, que está a ser desenvolvido há cerca de quatro anos, surge no âmbito do trabalho do grupo de Regeneração Nervosa do i3S, que utiliza diferentes modelos animais de lesão para identificar mecanismos e moléculas reguladoras do crescimento e regeneração axonal.
O PROREGEN foi um dos trabalhos apoiados pelo RESOLVE, um programa do i3S que apoia a transferência de conhecimento científico e tecnológico de projetos inovadores e promissores, em estágio inicial.
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