O documento, a que a agência Lusa teve hoje acesso, explica que no exame anátomo-patológico efetuado aos peixes verificou-se a presença de microalgas Cyanobacteria, Microcystis aeruginosa Kg.
"Em 20 setembro e 17 outubro passados foram analisadas amostras de peixe com a mesma proveniência do peixe desta amostra, tendo sido elaborados os respetivos relatórios (….) e onde consta ter sido identificada a alga acima referida [Cyanobacteria]", lê-se no documento.
O relatório técnico-científico foi elaborado pelo Laboratório de Patologia de Animais Aquáticos pertencente ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), sendo que a amostra foram 17 peixes (alburnos) recolhidos na barragem do Fratel.
"Os ‘blooms’ constituem um problema grave, quer para a qualidade da água, quer para a ictiofauna. Neste caso, a consequência mais comum é a morte dos peixes por ação de toxinas (hepatotoxinas, neste caso) e por anóxia, ou devido a compostos provenientes da decomposição dos ‘blooms’, amónia e hidroxilaminas", sustenta.
O documento explica ainda que nos ecossistemas aquáticos em processo de eutrofização, especialmente em períodos de temperaturas elevadas, como aquele que se registou e com ausência de pluviosidade, ocorre o desenvolvimento de grandes proliferações de fitoplâncton, ‘os blooms’ que causam a morte dos peixes.
O partido ecologista "Os Verdes" questionou o Governo sobre a mortandade de peixes que se verificou no rio Tejo, na zona de Vila Velha de Ródão, tal como o Movimento pelo Tejo, que denunciou a situação e apontou como causas a poluição causada por empresas e a eutrofização das águas do rio.
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