"O turismo é sem dúvida nenhuma um grande instrumento para revitalizar economicamente o interior. Por isso, o turismo que queremos para o interior é aquele que deixe valor no território, tem que deixar valor no território", afirmou à agência Lusa João Paulo Catarino.
O governante, que se deslocou a Idanha-a-Velha, no distrito de Castelo Branco, para assistir à Cimeira Internacional Destinos Culturais Sustentáveis, sublinhou que o turismo no interior oferece autenticidade, gastronomia, natureza e despoluição, um dos trunfos que atualmente é mais valorizado turisticamente.
"Os residentes nestes territórios não podem ser apenas figurantes de graça do turismo do litoral. Temos que criar modelos em que os agentes locais e os residentes, possam também ter um retorno económico e social desse turismo", sustentou.
João Paulo Catarino adiantou que é nisso que o Governo está a apostar e, nesse sentido, tem lançado um conjunto de linhas especificas e exclusivas para a valorização do turismo no interior, na perspetiva de valorizar o território e de ter em todo o território agentes que possam receber os turistas e com eles interagir e mostrar as potencialidades que o turismo no interior tem.
O governante explicou ainda que para 2019 foram aumentados substancialmente os valores do apoio do Estado para a divulgação internacional do turismo nas regiões de convergência, nomeadamente, para o Turismo do Centro, Alentejo e Açores.
"Para as regiões de coesão foram aumentadas as verbas para reforçar a divulgação internacional desses territórios", disse.
Já em relação à entrega do certificado 'Biosphere Destination' à Associação Aldeias Históricas de Portugal, sublinhou que se trata do reconhecimento do excelente trabalho que a rede tem feito.
"Temos consciência de que o turismo no interior tem que ser efetivamente construído por estas redes, como as Aldeias Históricas são um ótimo exemplo e é esse trabalho que tem que ser continuado", frisou.
O secretário de Estado reconhece que estas redes têm tido dificuldades porque vivem, sobretudo, dos apoios financeiros comunitários.
"Atendendo à intermitência entre os quadros comunitários, por vezes muitos bons programas por causa dessa intermitência acabam por levar mais tempo a afirmar-se. É isso que o Governo está apostado, em reduzir ao máximo essa intermitência entre este quadro comunitário e o próximo, precisamente para que estes programas sejam continuados e para que tenham uma afirmação no território mais rápida e mais real", concluiu.
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