Em entrevista à RTP3, o bispo salientou mesmo que irão ser pedidos alguns reajustamentos no palco, de forma a reduzir os custos totais.
"Vamos pedir aos técnicos que cortem tudo o que não é essencial para a segurança e para corresponder àquilo que é necessário. Vamos eliminar o que não é essencial. Palco podia e pode ser mais pequeno", disse D. Américo Aguiar, referindo, contudo, a complexidade da construção do palco-altar em cima de um antigo aterro.
"Nós estamos em cima do aterro sanitário de Beirolas, e isso significa que toda a estrutura que está a ser colocada em cima do aterro tem que ter um conjunto de cuidados técnicos para garantir a segurança. Estamos a falar de uma dimensão de um terreno equiparada a dez campos de futebol, são três quilómetros de comprimento, e tem que subir um pouco para que haja visibilidade de quem está no altar para a multidão e para quem está na multidão para o altar. Estamos a falar de mais de um milhão de participantes, quatro vezes mais a capacidade do Santuário de Fátima", salientou D. Américo Aguiar.
O bispo auxiliar garantiu ainda que com estes custos a Igreja não pretende demonstrar quaisquer sinais de riqueza. "Quero entender qual é a razão técnica e de custo financeiro para que este custo seja indispensável e tudo o que não for indispensável vamos pedir que se elimine porque não há razão que aconteça. Não queremos passar uma imagem de riqueza, de ostentação, porque isto fere os portugueses e os jovens”, referiu, admitindo falhas ao longo de todo o processo.
"Penitencio-me por ter acontecido isso, porque acho que nós falhámos na comunicação daquilo que é o evento, para todos entendermos que a dimensão do evento implica e obriga a que se tenham investimentos que estavam previstos desde o início", afirmou.
Refira-se que a JMJ tem um custo de quase 160 milhões de euros mas o bispo auxiliar disse na entrevista acreditar que esse valor não vai ser atingido. O orçamento da Fundação da JMJ ronda os 80 milhões de euros, 30 milhões deles para alimentação, explicou.
A JMJ, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, com a presença do Papa Francisco, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.
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