“Do ponto de vista político, isto começou com um outro vice-presidente, o engenheiro Salvador Malheiro, passou essa questão, iniciámos agora a da dra. Elina Fraga, e vamos ver se vai ficar por aqui, eu acho que ainda vai haver mais histórias”, afirmou Rui Rio aos jornalistas, no final da primeira reunião da Comissão Política Nacional eleita no domingo.
O presidente do PSD disse estar habituado a este tipo de polémicas, nomeadamente quando esteve à frente da Câmara do Porto, assumindo que até funciona melhor “em tensão”: “Eu cá estou para essas histórias”.
“Normalmente começa assim e começa bem”, disse, na conferência de imprensa na sede do partido.
Sem concretizar de onde considera que vêm estas histórias — “vêm de vários sítios” -, Rio foi questionado se mantém a confiança política em Elina Fraga, depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter anunciado na segunda-feira que o Ministério Público abriu um inquérito na sequência de uma auditoria às contas da Ordem dos Advogados, que abrange o mandato desta ex-bastonária.
“Eu vou-lhe responder a isso, eu mantenho a confiança na dra. Elina Fraga, mas que isso não seja a razão para não lhe fazerem as perguntas todas e porem no ar as respostas todas, façam mais perguntas do que as que eu fiz”, afirmou.
Imediatamente a seguir, Elina Fraga falou aos jornalistas na sede do PSD, fez uma longa declaração inicial (cerca de 15 minutos) e depois respondeu a apenas quatro perguntas, tendo saído da sala quando ainda estava a ser questionada pelos jornalistas.
Interrogado se sabia que Elina Fraga estava a ser investigada quando a convidou, Rui Rio apenas precisou que a ex-bastonária não está a ser investigada.
“As senhoras e os senhores são de letras, eu sou de ciências mas sei o que quer dizer a palavra investigada. Quando se manda [fazer] uma auditoria não é uma investigação, é ver se há matéria para investigação, a palavra investigar é uma apalavra que se utiliza e se banalizou na comunicação social”, afirmou.
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