"Tive conhecimento de que havia arguidos constituídos no processo graças a relações funcionais", disse no parlamento, declarando que o seu chefe de gabinete tinha sido constituído arguido e informou-o desse facto.
"Nunca tive conhecimento que ia ser constituído como arguido", enfatizou Fernando Rocha Andrade, que falava na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), onde foi chamado a propósito de 'offshore', mas o início da sua audição foi marcado pelas "circunstâncias tristemente originais" - como definiu no arranque Cecília Meireles, do CDS-PP - de o governante ser escutado depois de ter pedido a demissão.
O PSD, pelo deputado António Leitão Amaro, fez várias questões sobre a matéria com Rocha Andrade a defender que a sua audição prende-se com os 'offshore': "As perguntas ficaram e o silêncio tem um sentido", declararia depois o deputado social-democrata.
O secretário de Estado com a pasta dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, deixa o Governo três meses antes da entrega do Orçamento do Estado (OE) para 2018 e com o dossier da reforma do IRS por terminar.
Rocha Andrade, João Vasconcelos (secretário de Estado da Indústria) e Jorge Costa Oliveira (secretário de Estado da Internacionalização) pediram este domingo a exoneração dos cargos, após terem requerido ao Ministério Público a constituição como arguidos no processo de investigação às viagens dos governantes a França, a convite da Galp Energia, para assistirem a jogos do Euro2016.
Entretanto, na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da república informou estarem curso diligências para a constituição como arguidos dos três secretários de Estado exonerados (Internacionalização, Assuntos Fiscais e Indústria).
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