“O doutor Álvaro Amaro tomará amanhã posse como eurodeputado, mas desde já uma informação: o doutor Álvaro Amaro jamais utilizará qualquer prerrogativa atinente à imunidade parlamentar”, que terá a partir de terça-feira, assumiu o advogado.
Castanheira Neves acrescentou que “sempre que qualquer autoridade judiciária precisar de o ouvir, de o ter presente em qualquer diligência, o doutor Álvaro Amaro dará prioridade a essa eventual diligência sobre as suas tarefas parlamentares”.
À saída do Tribunal de Viseu, onde esteve a ser ouvido desde manhã e até quase às 17:00, com interrupção para o almoço, Álvaro Amaro recusou-se a prestar esclarecimentos e o seu advogado disse que não podia “dizer rigorosamente nada, porque o processo se encontra em segredo de Justiça, interno e externo”.
O processo em causa diz respeito à operação “Rota Final”, uma investigação da Polícia Judiciária (PJ) sobre um alegado esquema fraudulento de viciação de procedimentos de contratação pública.
No dia 12 de junho, a PJ realizou buscas a 18 câmaras municipais do Norte e Centro do país, sendo a operadora de transportes públicos Transdev uma das visadas.
O município da Guarda foi inspecionado por uma equipa de seis elementos da PJ, que estiveram nos Paços do Concelho e pediram "um conjunto de documentos, onde estão processos relacionados com os transportes urbanos", afirmou, na altura, o atual presidente da Câmara da Guarda, Carlos Chaves Monteiro.
Álvaro Amaro renunciou ao mandato autárquico na Guarda para assumir o cargo de deputado no Parlamento Europeu na sequência das eleições de 26 de maio.
O ex-autarca da Guarda foi ouvido em Viseu, uma vez que, no entender do seu advogado, “é o tribunal de instrução criminal competente, dada a localização do processo, em Lamego”, concelho a norte do distrito.
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