Em Barcelos, à margem da sessão de encerramento do congresso dos Autarcas Social-Democratas, Rio disse ainda, com ironia, que Francisca Van Dunem é a escolha certa para assumir a pasta da Administração Interna, uma vez que “não é para fazer nada”.
“Para mim, é notório que o ministro [Eduardo Cabrita] já devia ter saído, o primeiro-ministro quis mantê-lo, portanto corresponsabilizou-se por todos os dossiês e erros que foram acontecendo e agora lá combinaram entre os dois que é melhor sair, senão era um desgaste muito grande para o Governo”, apontou o líder do PSD.
Para Rui Rio, já houve “muitas razões e muitas alturas” para o ministro Eduardo Cabrita sair do Governo.
“Nunca saiu e [agora] não saiu por razões daquilo que era a gestão e os problemas que teve. Acabou por sair agora, não por isso mas para não prejudicar eleitoralmente o Partido Socialista, a menos de dois meses de eleições”, disse ainda.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, demitiu-se na sexta-feira, na sequência da acusação de homicídio por negligência do Ministério Público ao seu motorista pelo atropelamento mortal de um trabalhador da autoestrada A6, em junho deste ano.
A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, passou também a acumular a pasta da Administração Interna.
Para Rui Rio, a escolha de Van Dunem foi acertada, uma vez que faltam menos de dois meses para as eleições e, portanto, “não é para fazer nada”.
“Sendo para não fazer nada e olhando à atuação da ministra no Ministério da Justiça, acho que está bem escolhido. Como não fez nada no Ministério da Justiça, nada vai fazer no Ministério da Administração Interna. Nesse aspeto, concordo, não valia a pena estar a pôr um ministro quando tem ali à mão alguém que se notabilizou por não fazer nada”, rematou.
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