Pedro Pinto é uma das caras mais conhecidas da comunicação desportiva em Portugal. Como jornalista desportivo destacam-se as passagens pela CNN e pela SPORTTV. Novos voos levaram-no à UEFA, onde foi responsável de comunicação. Depois de uma passagem pela Eleven Sports, como pivô, é agora CEO da Empower Sports, empresa de consultoria de comunicação.

Com o Euro2020 à porta e o desafio de pensar desporto-rei a dez anos é impossível passar ao lado de Cristino Ronaldo. É ele, aliás, o pontapé de saída para esta conversa: CR7 "é o melhor jogador de todos os tempos, não só de Portugal, mas na história do futebol", sentencia Pedro Pinto, pelo que um futuro sem ele dentro das quatro linhas "não vai ser fácil". Mas está longe de estar preocupado, confessa: "temos qualidade suficiente para continuarmos a competir pelos principais títulos europeus e mundiais".

Quando lhe perguntamos sobre a próxima grande marca capaz de impulsionar o futebol português no mundo, coloca em cima da mesa o nome de João Félix, reconhecendo porém que é "impossível substituir um nome, uma personalidade, uma marca como o Cristiano Ronaldo".

E quando se fala de competições internacionais, é sonhar demasiado alto ver uma equipa portuguesa a vencer a Liga dos Campeões? "É difícil" na próxima década, mas "não é impossível". O facto é que "os grandes tubarões estão cada vez maiores" e se Portugal quer ir a jogo tem de mudar algumas coisas, nomeadamente ao nível da negociação dos direitos desportivos.

Já sobre a forma como vamos ver futebol no futuro — e ainda que esse futuro possa reservar coisas tão interessantes como ter estatísticas em tempo real  em realidade aumentada — é no VAR onde nos detemos. Para Pedro Pinto vê a introdução desta tecnologia como "necessária de positiva". "Não estou a ver o VAR desaparecer do futebol, espero que fique por aquelas decisões e pelas situações que já foram aprovadas, e que não se estenda muito mais para todas as situações de fora de jogo, todas as situações de lances a meio campo. Espero que o futebol não pare de 30 em 30 segundos. Talvez veja a introdução do sistema de challenge, dos treinadores terem 3 ou 5 oportunidades para contestarem as decisões dos árbitros, talvez poderá vir a acontecer".

E quando lhe perguntamos se o isso não estraga o ritmo é jogo é perentório: "desde que as decisões sejam tomadas rapidamente não vejo esse problema". "Sabes o que é que também estraga muito o ritmo de jogo? Os jogadores muitas vezes fingirem as lesões, os jogadores discutirem com os árbitros".



Estamos em ano de europeu, vou já começar por aí, será provavelmente o último europeu que Cristiano Ronaldo vai jogar. Como é que olhas para a seleção sem Cristiano Ronaldo?

Começo por dizer que Cristiano Ronaldo para mim é o melhor jogador de todos os tempos, não só de Portugal, mas na história do futebol internacional e, portanto, jogar sem Cristiano não vai ser fácil. Agora, eu acho que Portugal é um dos países no mundo que tem mais talento a nível de formação, que tem também muitos grandes profissionais a nível de treinadores para trabalhar esses jovens talentos. Eu não estou preocupado com o futuro da seleção nacional, temos a cidade do futebol que é uma infraestrutura incrível, temos ganho muitas competições também a nível de futebol jovem de sub-18, sub-19, sub-20, sub-21. Apesar de nunca ser fácil perder uma estrela e um craque como é o Cristiano Ronaldo, acho que temos qualidade suficiente para continuarmos a competir pelos principais títulos europeus e mundiais.

O Ronaldo de alguma forma empurrou uma espécie de profissionalização, vamos dizer assim, da federação e de uma série de instituições e movimentações, tanto ao nível de marcas como de marketing, que existem à volta da seleção. Achas que o facto de ele sair pode ter repercussões nesse sentido, ou a marca “Seleção Portuguesa/Portugal” já está completamente estabelecida, com ou sem Ronaldo?

Falando de marcas, temos a grande sorte de neste momento, pelo menos, de termos outra grande marca que é o João Félix.

Não é fácil ser o sucessor de Cristiano Ronaldo e João Félix vai ter de fazer muito dentro de campo e fora de campo para chegar aos calcanhares do Cristiano, mas está bem encaminhado.

Achas que é uma passagem de testemunho?

Acho. A nível de marca, acho que sim. Até acho que em 2020 e no Europeu um jogador como o Bernardo Silva vai ser mais importante do que um João Félix. Mas, a nível de marca o João Félix já está num patamar muito mais elevado do que o Bernardo, portanto, como te digo, acho que é impossível substituir um nome, uma personalidade, uma marca como o Cristiano Ronaldo, mas temos tantos jovens com tanto talento, que não estou preocupado nesse sentido e acho que a Federação também não está, porque tem trabalhado muito bem nos bastidores para preparar essa passagem de testemunho. O João Félix vai trazer certamente também muitos patrocinadores, muitos likes e muitos views aos conteúdos da seleção nacional. É certo que tem muita pressão neste momento e que são muito grandes os sapatos que ele vai ter de encher, mas estamos bem posicionados, podíamos estar com um problema muito maior se não tivéssemos alguém já com essa marca quase garantida num mercado como é a La Liga.

20/30. 20 perguntas daqui até 2030

O que estamos dispostos a fazer por um futuro sustentável? Vamos ter serviço nacional de saúde daqui a dez anos? A tecnologia faz mal à nossa cabeça? Quando o tema é imigração, quem dita as regras? Vai Portugal perder o barco no 5G?

Este e só o início de uma série de perguntas que o SAPO24 decidiu colocar em cima da mesa para os próximos dez anos. 2020 convida-nos a pensar a década — como é que o mundo vai mudar e como é que nós mudamos com ele — e foi esse o desafio que colocámos a vários convidados nas conversas que serão publicadas em 24.sapo.pt

20/30. 20 perguntas daqui até 2030 é o nome da série em vídeo, texto e fotografia que vai abordar temas como o ambiente, as migrações, a inteligência artificial, o futuro da ciência, relacionamentos e violência, o mar, o 5G, o humor, o futebol, a televisão, o consumo, o Interior, a saúde mental, o Espaço, o Brexit, a educação (para a inovação), as startups o envelhecimento, as redes sociais ou as cidades de amanhã.

Veja aqui todas as entrevistas.

E você, se tivesse de lançar um tema para o debate, qual seria? Envie a pergunta para a década para 24@sapo.pt.

20/30 é um projeto com assinatura MadreMedia no SAPO24, que poderá também acompanhar em 24.sapo.pt, no portal SAPO (sapo.pt) e respectivas redes sociais. Siga-nos no FacebookTwitter e Instagram.

Em princípio estamos bem entregues então.

Acho que sim, mais uma vez digo-te que não é fácil ser o sucessor de Cristiano Ronaldo e João Félix vai ter de fazer muito dentro de campo e fora de campo para chegar aos calcanhares do Cristiano, mas está bem encaminhado.

A década de 2000 a 2010 foi marcada por relativo sucesso das equipas portuguesas nas competições europeias, principalmente o FC Porto, que ganhou três competições europeias nesse período, ou no período dos últimos vinte anos. O que é que é preciso para voltarmos a ter sucesso na Europa do Futebol, ou já se perdeu completamente o comboio?

Não se perdeu completamente o comboio, as equipas portuguesas continuam a mostrar que têm qualidade suficiente para estar na Liga dos Campeões. Na época passada tivemos o FC Porto nos quartos-de-final, o Benfica esta época, que apesar de ter começado muito mal a fase de grupos também acabou por estar muito perto de passar aos oitavos de final. A nível das equipas portuguesas serem candidatas a ganhar uma Liga dos Campeões, não vai ser fácil. Vai ser preciso muito trabalho para segurar todas aquelas jovens promessas que os clubes portugueses produzem. A nível de Liga Europa, creio que é possível ambicionar ganhar títulos e ganhar troféus e continuar a marcar pontos nos rankings da UEFA, que são necessários para termos também mais participantes na Liga dos Campeões. Há pouco tempo o Benfica também conseguiu chegar a duas finais da Liga Europa e portanto eu estou otimista relativamente à possibilidade de os clubes portugueses poderem competir na Liga dos Campeões e de dignificarem o nome do país na Liga dos Campeões. Não digo ganharem, mas chegarem a quartos-de-final e depois a partir daí tudo é possível, mas também de serem candidatos a ganhar uma Liga Europa.

Mas achas que nos próximos dez anos não vamos ter um clube português a ganhar a Liga dos Campeões?

Acho que vai ser muito difícil termos uma equipa portuguesa a ganhar a Liga dos Campeões na próxima década. Não é impossível, e quando olhas para histórias como a do Leicester na Premier League, quando olhas para o Ajax na Liga dos Campeões...

Têm um orçamento grande.

Sim, mas foi uma equipa que no início da época não entraria no top-10 de candidatos a chegar à final, e esteve a meros segundos de chegar lá. Tivemos também o próprio Leicester a chegar aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Eu acho que é possível, mas vai ser muito difícil porque os grandes tubarões estão cada vez maiores, e provavelmente vamos falar nisso, mas, as próprias competições portuguesas vão ter de ajudar os clubes portugueses a serem mais fortes para poderem competir mais com as ligas estrangeiras.

créditos: Rodrigo Mendes | MadreMedia

Ainda bem que falas nisso. Eu acredito que parte relevante do sucesso hoje em dia no futebol tem a ver com o dinheiro que existe para se investir na equipa, nas infraestruturas, no treinador, etc. A minha questão é: esse dinheiro também só existe se o produto que tivermos para vender cá em Portugal, e aqui não estou a falar da seleção, estou a falar também de clubes, puder ter esse retorno. Ou seja, quando olhamos para uma Premier League, que vende direitos televisivos para o mundo inteiro e que tem os direitos televisivos partilhados pelas suas equipas, percebemos que nos últimos 20 anos cresceu muito por culpa desse pensamento coletivo. A pergunta que eu te faço é: o que é que é preciso para nos próximos dez anos a Liga Portuguesa, que hoje em dia, apesar de estar no 6.º lugar no ranking, está ainda assim num lugar periférico — ou seja, em França eu acho que ninguém tem interesse em ver um jogo do campeonato português, mas acho que terão interesse em ver um jogo do campeonato espanhol ou inglês. Como é que conseguimos dar este salto e colarmo-nos mais aos top-5?

A nível de competição, acho que é fulcral haver a centralização de direitos, para a competição se tornar mais forte e mais atrativa, não só para o mercado nacional, como para o mercado internacional. Tu pegaste no exemplo da Premier League, mas eu até dou um exemplo mais recente que é o da Liga Espanhola. A Liga Espanhola ganhou muito com a centralização dos direitos, depois de ter sido possível convencer o Real Madrid e o Barcelona de que iriam ganhar todos. Eu acho que, muito honestamente, os grandes clubes portugueses, principalmente, têm de parar de destruir o seu próprio produto ao estarem permanentemente em conflito uns com os outros. Eu não sei quando é que vai acontecer, ou como é que vai acontecer, mas tem de acontecer a centralização dos direitos da Liga Portuguesa porque depois, e pego numa frase em inglês, “strenght in numbers” [fortalece os números]. Acho que se todos estiverem juntos, se o pacote das equipas juntas for mais forte, se houver um lema da Liga Portuguesa, e a nível de comunicação se a Liga Portuguesa for vendida como uma competição onde os grandes talentos da Europa ou do Mundo são encontrados ou formados, acho que pode ser criada uma história muito apelativa para o mercado internacional. Mas só é possível estando todos a lutar com as mesmas armas e remando na mesma direção, porque se internamente estão todos a tentar fazer o que é melhor para eles, individualmente, então não vai ser possível lutar de igual para igual, e mesmo uma Holanda, uma Bélgica, uma Grécia ou outras ligas que se juntarem vão, possivelmente, ser mais fortes que a portuguesa.

Achas que falta um bocadinho de mais racionalização e menos emoção nestas tomadas de decisão?

Acho, acho que falta um bocadinho mais de pensamento estratégico e pensamento de business [negócio] do que pensar no hoje e no adepto.

"Eu não sei quando é que vai acontecer, ou como é que vai acontecer, mas tem de acontecer a centralização dos direitos da Liga Portuguesa"

Porque os clubes Portugueses estão pouco profissionalizados, de uma maneira geral?

Não diria que estão pouco profissionalizados. Falando com vários jogadores internacionais que jogaram em Portugal, eles todos ficaram muito impressionados com as estruturas presentes nos clubes portugueses. Eu acho que é a nível de visão e a nível de estratégia de trabalho de equipa.

Ou seja, mais o futebol como um negócio e não tanto o futebol no jogo, porque no jogo nós já percebemos que até somos bons, mas o futebol enquanto negócio e produto televisivo ou online, falta mais visão.

Falta muito trabalho coletivo para impulsionar o futebol português para outro patamar e acho que estamos muito atrasados. Acho que todo o dia que passa em que isso não acontece, estamos a ficar um passo a trás dos outros que estão a trabalhar para esse objetivo.

Agora por falar em futuro, as novas tecnologias, posso dizer que certamente chegaram ao futebol. Como é que olhas para o futuro com estas novas tecnologias, tanto dentro do campo e a auxiliar os árbitros e os treinadores, como também fora do campo para quem está a assistir ao “produto” futebol?

Acho que a introdução da tecnologia no futebol era necessária, tendo em conta o numero de câmaras que existem a cobrir a maioria dos grandes jogos de futebol, a equipa de arbitragem não ter acesso a nenhuma dessas imagens não faria sentido. Não faria sentido tu em casa, como adepto, poderes ver a verdade do jogo e o árbitro não ter acesso a essa mesma verdade. Portanto, pessoalmente acho que a introdução da tecnologia era necessária e é positiva. Agora, estamos num período de transição, estamos a falar de um período de dois ou três anos em que o VAR [vídeo-árbitro] está a ser utilizado e portanto as pessoas ainda não sabem muito bem como é que funciona. Os próprios árbitros estão a aprender como utilizar este sistema da melhor maneira. Posso dizer, por exemplo, que no mercado que é considerado ser o mais desenvolvido do mundo, que é a Premier League, a introdução do VAR tem tido muitos problemas. Portanto, estamos numa fase de transição e aprendizagem e acho que a tecnologia chegou para ficar. Não estou a ver o VAR desaparecer do futebol, espero que fique por aquelas decisões e pelas situações que já foram aprovadas, e que não se estenda muito mais para todas as situações de fora de jogo, todas as situações de lances a meio campo. Espero que o futebol não pare de 30 em 30 segundos. Talvez veja a introdução do sistema de challenge, em que os treinadores têm três ou cinco oportunidades para contestarem as decisões dos árbitros, talvez poderá vir a acontecer.

Pedro Pinto
20/30. 20 Perguntas daqui até 2013 créditos: Rodrigo Mendes | MadreMedia

Uma das críticas que é feita ao VAR é que estraga um bocado o ritmo de jogo, não tens medo?

Mas sabes o que é que também estraga muito o ritmo de jogo? Os jogadores muitas vezes fingirem as lesões, os jogadores discutirem com os árbitros. Portanto, desde que as decisões sejam tomadas rapidamente, não vejo esse problema. Se cada treinador tiver três challenges por jogo, também não é isso que vai estragar o ritmo e a velocidade do jogo, mas repito, estamos ainda a tentar encontrar a melhor solução. Agora, acho necessária a tecnologia e vimos até na época passada na Liga dos Campeões vários jogos decididos e várias eliminatórias decididos por VAR, sendo que sem VAR poderíamos não ter a verdade do jogo.

E relativamente à experiência de ver futebol. O que é que achas que vai acontecer? Em 2030 não vamos estar a ver futebol da mesma maneira que estamos a ver em 2020.

Não, acho que vamos ter a oportunidade de escolher. Já se pode fazer isto em várias transmissões, vários ângulos de câmara. Estou com curiosidade para ver o que é que acontece relativamente à utilização de mais originalidade e versatilidade nos comentadores, teres por exemplo a possibilidade de, em vez de ouvir os comentadores oficiais do canal detentor de direitos, ouvires influenciadores, atores, cómicos ou amigos a comentarem o jogo no sinal de transmissão. Depois, relativamente às estatísticas e à realidade aumentada, poderá na verdade ser muito diferente em 2029-2030, o poder escolher a informação que vês durante o jogo, se tens ícones dos jogadores e sabes se ele tem 70% ou 80% da energia, ou se correu mais o lateral direito do que o lateral esquerdo, as faltas que já cometeu. Ou seja, com um mero clique no teu ecrã teres acesso a todas essas informações em real time, [tempo real] — não só as estatísticas de época, mas aquilo que está a acontecer no próprio jogo. Aí já podes dizer “Este médio defensivo tentou fazer dez desarmes e só acertou três, está a ter um jogo horrível”, porque tens isso tudo em real time, em vez de estares só a depender daquilo que vês como adepto. A nível de consumo de futebol acho que isso tudo poderá acontecer e pode ser uma mais-valia, espero é que isso não leve a que as pessoas parem de ir aos estádios, porque sem estádios cheios, o espetáculo nunca vai ser o que é hoje em dia.

"Substituições sem parar o jogo é possível? Eu pessoalmente acho que sim e gostaria de ver"

Era isso que te ia perguntar, não tens medo que estejamos a desumanizar o futebol? Acho que é o Jorge Jesus que costuma dizer que o futebol é o único desporto do mundo onde alguém que não joga melhor do que a outra equipa pode ganhar. Pode haver um jogo em que uma equipa está a dominar a outra por completo e não consegue marcar um golo e equipas que vão lá uma vez e marcam e ganham. Na maioria dos desportos não é assim, até porque o marcador funciona mais vezes e por isso é que o futebol é tão apaixonante. A introdução das tecnologias permite-nos racionalizar melhor o jogo e tomar melhores decisões, eu concordo, mas achas que o olho nu com que os adeptos vêm o jogo e que é uma parte importante, não tens medo que se perca essa paixão?

Medo não tenho, agora acho que os organizadores dos eventos, das ligas, das taças e das competições têm de pensar nas formas mais progressivas de continuar a trazer pessoas aos estádios, de tornar essa experiência cada vez mais confortável, mesmo a nível do próprio consumo de adepto. Isso acho que vai ter de ser trabalhado e vais ter de estar cada vez mais confortável nos estádios como estarias em casa. Acho que também a nível de jogo jogado deveremos ter algumas alterações. Eu tenho tido oportunidade de ter algumas discussões na UEFA com ex-jogadores e treinadores e mesmo representantes da UEFA sobre aquilo que pode ser feito para melhorar o jogo e existem muitas discussões relativamente ao número de substituições. Poderemos ter mais substituições sem parar o jogo, não faz sentido parar o jogo seis vezes para teres um jogador a sair e outro a entrar. Portanto, substituições sem parar o jogo é possível? Eu pessoalmente acho que sim e gostaria de ver.

Como no andebol?

Por exemplo. Está a ser discutido ter só o capitão de equipa a falar com o árbitro a impedir com que haja grandes discussões entre árbitro e jogadores.

Mas isso supostamente agora é mais ou menos uma regra, não sei se no papel, mas está mais ou menos instituído, só que não é o que acontece.

Não é tanto como deveria ser. Vamos parar o relógio ou não vamos parar relógio? Vamos ter 60 minutos de jogo jogado ou vamos continuar com 90 minutos de cronómetro sem parar? Acho que estas perguntas todas vão ser abordadas na próxima década, agora não sei quais são as respostas. Temos de olhar para o futebol como um produto que tem de continuar a ser atrativo para fazer com que as novas gerações o joguem no campo e não nas consolas.