A festa daquela que é considerada a noite mais longa do ano está de regresso à cidade do Porto, depois de dois anos “pequenina” e aconselhada a fazer-se em casa devido à pandemia.
Depois de dois anos atípicos, as condições de segurança nas ruas estão “asseguradas”, ainda que dependam “de cada um”, assegurou o presidente da câmara na segunda-feira durante uma visita aos divertimentos instalados na Rotunda da Boavista.
Neste São João, que será “descentralizado” dos Aliados para três palcos espalhados pela cidade, é esperada a presença de “muita gente nas ruas”, tanto portuenses, para quem este é um fim de semana prolongado, como de fora do Porto.
“O São João é para todos, para os que vêm da vizinhança, para os turistas, é para toda a gente”, referiu Rui Moreira.
Este ano é também retomada a tradição criada em 2014 pelos presidentes das câmaras do Porto (Rui Moreira) e Vila Nova de Gaia (Eduardo Vítor Rodrigues) de se cumprimentarem a meio da ponte Luiz I, como que a meio do rio que separa os dois concelhos, para assinalar o arranque das festas. As obras no tabuleiro inferior da ponte obrigam a que desta vez o encontro esteja marcado, pelas 18:00, para o superior, que liga a Avenida Vímara Peres, no Porto, à Avenida da República, em Gaia.
Com a festa a regressar às ruas, também os hotéis da cidade voltaram a registar taxas de ocupação entre os 90% e 100%, idênticos à pré-pandemia.
Este ano, o programa é, no entanto, “diferente” para os que se movem na cidade, face aos constrangimentos provocados por algumas obras em curso, como a nova linha Rosa da Metro do Porto, na Avenida dos Aliados.
O habitual palco nos Aliados será substituído por três palcos: um na praça do Rossio nos Jardins do Palácio de Cristal, outro no Largo Amor de Perdição (na zona da Cordoaria) e por último, um na praça da Casa da Música.
Hoje à noite, sobem ao palco do Palácio de Cristal, pelas 20:00, Romana, Saul e Marante. Já pelas 22:00, no Largo Amor de Perdição, os foliões são Toy e José Malhoa e pelas 23:30, na praça da Casa da Música, é a vez de Chico da Tina.
Já na Ribeira, o habitual espetáculo de fogo de artifício, está agendado para as 00:00, sendo que este ano, devido às obras na ponte Luiz I, o fogo será lançado a partir de estruturas flutuantes no rio Douro.
A empreitada vai também condicionar a circulação, estando proibida a passagem no tabuleiro inferior da ponte Luiz I e no tabuleiro superior, onde a passagem pedonal será cortada, o metro circulará até às 23:45 e retoma “assim que possível”.
Para garantir um “acesso rápido, seguro e cómodo” aos principais locais de animação na cidade, a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) vai reforçar o serviço entre hoje à noite e a manhã de sexta-feira.
Também a Metro do Porto vai reforçar a operação no âmbito das festividades a partir das 20:00, mas a operação entre o Porto e Gaia estará condicionada.
Já os comboios urbanos do Porto não vão funcionar hoje devido à greve convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI). Esta paralisação junta-se à já anunciada pela empresa para sexta-feira nos urbanos do Porto, ainda que estejam previstos alguns serviços mínimos.
O programa de festas de São João continua na sexta-feira, a partir das 18:00, com o concerto da Banda Sinfónica Portuguesa, na Concha Acústica do Palácio de Cristal.
As festas contam ainda, no dia 02 de julho, com as tradicionais rusgas de São João, que a partir das 17:00, vão desfilar pela praça da Batalha, em direção à rua de Santa Catarina, passando pela rua de Fernando Tomás e Avenida dos Aliados, terminando na praça do General Humberto Delgado com a apresentação final ao júri.
Já no Mercado Temporário do Bolhão estarão expostas, até ao dia 04 de julho, as tradicionais Cascatas Comunitárias de São João, iniciativa desenvolvida pela Oficina Brâmica.
À semelhança de outros anos, os habituais carrosséis, carrinhos de choque, matraquilhos, barraquinhas de farturas, de algodão doce, pipocas, pão com chouriço e sardinhas, marcam presença em diversos divertimentos espalhados pela cidade, como na praça Mouzinho de Albuquerque, no Jardim do Calem, na Avenida D. Carlos I e na Alameda das Fontainhas.
As festividades do São João representam um investimento de 630 mil euros, verba que Rui Moreira considerou "razoável para aquela que é a festa popular mais importante do país".
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