Resultado de uma parceria entre os municípios de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão, onde estão instalados os dois polos do CHMA, e também da Trofa com a CESPU - Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário e o próprio hospital, o protocolo permitiu a colocação de duas cadeiras numa área criada para ficar dedicada à Saúde Oral.
Na cerimónia de inauguração do espaço, o presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, lembrou que este é o segundo serviço de Saúde Oral criado no concelho, depois de no início do ano ter sido instalada uma cadeira na freguesia de São Martinho do Campo.
Neste acordo, explicou o autarca, a "CESPU faz as consultas e cede a parte técnica", enquanto as câmaras de Santo Tirso, Trofa e Famalicão "suportam financeiramente o projeto", sendo que a previsão de consultas durante o primeiro ano será de 1.500.
Estimando entre 12 e 15 mil utentes a precisar de consulta de medicina dentária só na área de Santo Tirso, Joaquim Couto pretende, com o apoio do "Serviço Nacional de Saúde (SNS), a médio prazo instalar mais uma cadeira na Vila das Aves, em São Tomé de Negrelos ou no Vale do Leça".
O presidente do Grupo CESPU, Almeida Dias, explicou que este serviço "dá continuidade a um projeto de relação muito próxima com o SNS de implantação da Medicina Dentária e da Saúde Oral".
"Estarmos agora em Santo Tirso, Trofa e Vila Nova de Famalicão coincide com o facto de um dos nossos polos [de ensino] ser no Vale do Ave, logo é uma mais-valia na nossa relação com os agentes de saúde da região", acrescentou.
Enfatizando que o serviço em contexto hospitalar como o que vai iniciar-se no CHMA "funciona sempre com profissionais que são também docentes, acompanhados por alunos pós-graduados, em mestrado ou em especializações", o responsável da cooperativa afirmou que as consultas "vão começar depois de 15 de novembro".
O presidente do CHMA, António Barbosa, revelou que o protocolo "foi desenhado há cerca de um ano" e que "tem uma natureza social à qual o CHMA se associa para facilitar a instalação e as consultas".
"Conseguimos conjugar interesses em benefício da população, o que me parece ser uma razão suficiente para estarmos satisfeitos por poder proporcionar consultas gratuitas à população mais carenciada", acrescentou.
Por agora, informou António Barbosa, o serviço "destina-se apenas aos munícipes de Santo Tirso e da Trofa", sendo que "mais para a frente será feita igual ação em Famalicão".
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