1. A conquista mundial dos SUVs à custa do meio ambiente

Se não tem um SUV é muito provável que conheça alguém que tem. Estes carros mal apareceram no mercado conquistaram os olhos de milhões de pessoas. Mas o que é um SUV? A sigla significa Sport Utility Vehicle (Veículo Utilitário Desportivo) porque, devido à sua aparência, é muitas vezes comparado a um veículo todo-o-terreno. 

A ascensão do SUV como carro predominante mundialmente foi tão rápida que as consequências desse novo status - os padrões alterados de vida urbana, qualidade do ar, segurança de pedestres, onde estacionar - ainda estão a ser analisadas. Mas, uma coisa é clara: o impacto ambiental que estes carros têm é elevada. 

No ano passado, a Agência Internacional de Energia descobriu que os SUVs foram a segunda maior causa do aumento global nas emissões de dióxido de carbono na última década, superando todos os transportes marítimos, aviação, indústria pesada e até caminhões. Se fossem um país, os SUVs seriam o 7.º país que mais produz emissões de dióxido de carbono. 

Para ler na íntegra em The Guardian 

2. Mais um passo no enfraquecimento das leis ambientais americanas

Na sequência de uma longa série de reversões regulatórias, o governo de Trump eliminou uma regra federal que enquadrava o controlo das fugas de metano. Esta mudança completa os esforços de Trump para desfazer o legado ambiental de Barack Obama - um avanço na redução do impacto ambiental da indústria de combustíveis fósseis.

Advogados ambientais e ativistas climáticos que se têm oposto às decisões de Trump, estão de acordo que o presidente dos EUA, começando com a decisão de retirar o país do acordo climático de Paris, fez mais para reverter e enfraquecer as leis e regulamentações ambientais do que qualquer presidente na história.

Para ler na íntegra em Inside Climate News

Qanon
Mario Tama/Getty Images/AFP créditos: AFP

3. QAnon: uma história de conspiração de negação das alterações climáticas

QAnon, um grupo de conspiração de extrema direita que sugere que Donald Trump é a única defesa da América contra um “bando de adoradores de Satanás e pedófilos democratas”, está a ganhar força no cenário nacional americano, inclusive entre os candidatos republicanos ao congresso. Agora, os QAnon assumem uma posição de negação das alterações climáticas - e os negadores do clima de longa data estão a juntar-se à QAnon. 

“O Acordo de Paris sobre o Clima é outro golpe para roubar os contribuintes e enriquecer os políticos”, afirma um Q-Drop (termo que os membros da QAnon usam para se referirem a mensagens que acreditam vir de algum tipo de funcionário do governo que assina mensagens com a letra Q), rotulando a ação climática de "golpe".

Para ler na íntegra em Desmog 

Parlamento recomenda suspensão de prospeção de petróleo em Alcobaça e Pombal
créditos: 24

4. Uma cidade do Texas olha para a perfuração de poços como uma questão de justiça racial

Logo após aprovarem medidas de equidade social para os residentes negros e hispânicos, o Conselho Municipal de Arlington, no Texas, assumiu uma posição incomum em relação à perfuração, ao rejeitarem a adição proposta por uma empresa de petróleo de três poços.

“À medida que mais e mais cidades, condados e departamentos de saúde examinam as disparidades de saúde e observam a ligação entre meio ambiente e saúde, eles começarão a fazer essas conexões em termos de justiça racial e equidade racial e resultados de saúde”, disse Robert Bullard, especialista em um planeamento urbano e política ambiental. 

Para ler na íntegra em Bloomberg

Clima: Mais de 60% dos portugueses acredita que protestos motivam ação política
créditos: Lifestyle

Por cá: Jovens e crianças portuguesas processam 33 países por impulsionarem a crise climática

Quatro crianças e dois jovens portugueses, "expostos aos extremos de calor", querem que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem responsabilize 33 países, entre os quais Portugal, por impulsionarem a crise climática, anunciou hoje a GLAN, organização que promove a iniciativa.

"O processo, que é apresentado com o apoio da GLAN, centra-se na crescente ameaça que as alterações climáticas representam para as suas vidas e para o seu bem-estar físico e psicológico. Se forem bem-sucedidos, os 33 países estariam legalmente obrigados, não só a aumentar os cortes nas emissões, mas também a combater as contribuições a nível internacional para as alterações climáticas, incluindo as das suas multinacionais", afirma a organização.

A apresentação do processo ocorre depois de Portugal ter registado o mês de julho mais quente em noventa anos. Quatro dos jovens vivem em Leiria, uma das regiões mais afetadas pelos incêndios florestais que "mataram mais de 120 pessoas em 2017", referem. Os outros dois vivem em Lisboa onde, durante a onda de calor de agosto de 2018, foi estabelecida uma nova temperatura recorde de 44ºC.

Na queixa, alegam que os governos não estão a fazer esforços ambientais "necessários para salvaguardar o futuro dos jovens requerentes", ao não decretarem cortes profundos e urgentes nas emissões poluentes.

Os países alvo de processo são: Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Alemanha, Grécia, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Croácia, Hungria, Irlanda, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Letónia, Malta, Países Baixos, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, Rússia, República Eslovaca, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido, Turquia e Ucrânia.

Seleção e edição por Larissa Silva

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